Os funcionários da Irmandade Senhor dos Passos, instituição que presta serviço ao Hospital Regional de Rio Pardo, estão sem receber salários há dois meses. O motivo é um imbróglio jurídico após a Operação Camilo, da Polícia Federal, deflagrada em maio, que desarticulou um esquema de fraude envolvendo contratos da instituição e da prefeitura. A remuneração dos 66 trabalhadores referente aos meses de junho e julho, no entanto, agora está prestes a ser depositada.
A prefeitura de Rio Pardo concordou em bancar os valores referentes aos primeiros 14 dias de junho. E o Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (Iahcs), entidade designada como interventora no hospital após a operação policial, já depositou em juízo o restante.
— Agora só falta a Justiça liberar o alvará. A folha toda dos 66 funcionários da Irmandade, incluindo todos os encargos, é de cerca de R$ 240 mil por mês — relata Gilmar Antônio Mendes, um dos representantes da Irmandade, ao dizer que a relação de prestação de serviço com o hospital foi regularizada.
A Irmandade era a antiga administradora do hospital. Desde 2014, a prefeitura assumiu a instituição devido a dívidas da entidade. De lá para cá, houve várias terceirizadas que administraram o hospital. A última, a Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), foi afastada judicialmente da gestão e é alvo de investigação da Polícia Federal.