O Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou que o ex-prefeito de Rio Pardo Rafael Barros efetue o ressarcimento de R$ 3.075.243,76 aos cofres públicos. A decisão foi tomada na sessão da 1ª Câmara da corte de contas gaúcha, que analisou as contas da gestão 2017 de Barros.
Conforme a decisão, que teve como relator o conselheiro Cezar Miola, foram encontradas irregularidades em contratos com terceirizadas do município na área da saúde. Entre elas, pagamento a maior de horas extras sem comprovação de efetiva realização e não comprovação da prestação de serviços contratados.
Outra irregularidade encontrada, segundo a decisão, é a dispensa considerada injustificada de licitação para contratação de uma empresa. GZH ligou para o escritório de advocacia que defende Rafael Barros neste caso, mas ninguém atendeu.
Histórico de irregularidades e ilegalidades
Em 27 de maio, o então prefeito de Rio Pardo Rafael Barros chegou a ser preso durante a Operação Camilo, da Polícia Federal, que investiga fraude em contratos na área da saúde pública do município, em especial com terceirizada que administrava o Hospital Regional da cidade. Em 3 de julho, ele foi indiciado por crimes envolvendo o desvio de cerca de R$ 15 milhões dos cofres do município.
O ex-prefeito responde em liberdade e nega os crimes apontados pelos policiais federais. Em 23 de junho, Barros renunciou ao cargo. A Investigação resultante da Operação Camilo já teve outros dois relatórios parciais com indiciamentos.