O Ministério Público (MP), com apoio da Brigada Militar, realiza operação, nesta terça-feira (20), contra supostas irregularidades na Secretaria Municipal da Saúde de Osório, no Litoral Norte. Nesta manhã, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão.
Os alvos são um ex-titular da pasta, empresários e servidores, dos quais três foram afastados — eles ainda não tiveram os nomes divulgados. De acordo com a investigação, quatro empresas teriam praticado sobrepreço e superfaturamento, além de terem sido contratadas por meio de dispensa indevida de licitação.
Uma dessas empresas, conforme o MP, não tinha nenhum funcionário cadastrado. A proprietária, segundo a apuração, era uma mulher que serviria como laranja para a filha e o genro, que são servidores da prefeitura.
A investigação apurou que a empresa recebeu mais de R$ 815 mil entre novembro de 2019 e maio deste ano para compras de material de expediente para a Secretaria da Saúde e de equipamentos de proteção individual (EPI) destinados ao combate ao coronavírus.
Uma outra firma foi contratada para prestação de serviços de limpeza e de informática, mas o contrato foi firmado apenas oito dias após ela ter sido criada, o que não é comum. No total, foram R$ 257 mil pagos à empresa ao longo de oito meses, sendo que também não havia funcionários registrados.
Os mandados foram cumpridos em residências e estabelecimentos comerciais, não apenas em Osório, mas também em Tramandaí, Capão da Canoa, Xangri-lá e Porto Alegre.