Os números obtidos pela Lava-Jato no Paraná são superlativos: 125 denúncias apresentadas contra 530 pessoas, 262 sentenças que condenaram mais de 150 réus, R$ 4,97 bilhões recuperados aos cofres públicos. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o procurador da República que coordena a força-tarefa da Lava-Jato, Deltran Dallagnol, disse que respeita a Procuradoria-Geral da República (PGR) e reiterou o compromisso de atuar em cooperação com as diferentes instâncias do Ministério Público.
— Ao mesmo tempo, a força-tarefa entende como equivocadas algumas ações e críticas promovidas recentemente pela Procuradoria-Geral da República em relação ao trabalho desempenhado pelas forças-tarefa, o que acaba por colocar em risco a própria independência funcional que é essencial para que o serviço público prestado pela instituição possa ocorrer livre de interferências externas — disse Dallagnol.
A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba afirmou por nota que o atual modelo "é eficiente e trouxe resultados inéditos no combate à corrupção".
Até a publicação desta reportagem, a PGR não havia se manifestado.
Na última terça-feira (28), o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba é uma "caixa de segredos".
— Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos — afirmou Aras.