O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que fiscaliza a atuação de procuradores no Brasil, decidiu abrir um procedimento para apurar denúncias feitas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba. Entre eles, está Deltan Dallagnol, que coordena os trabalhos.
O conselheiro Otavio Luiz Rodrigues Jr. deu prazo de 15 dias para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, forneça as informações "que entender cabíveis", bem como "cópias de documentos" sobre a diligência feita pela subprocuradora Araújo em Curitiba, no Paraná. A visita dela causou uma rebelião entre os procuradores, que se negaram a fornecer informações sem o que eles entendem ser justificativas cabíveis.
A OAB pediu também investigações sobre a cooperação da força-tarefa com autoridades do FBI "sem utilização dos canais legais competentes", a suposta supressão de nomes de autoridades com prerrogativa de foro dos processos para mantê-los em Curitiba, e a suposta utilização de equipamentos estrangeiros de gravação eletrônica "de diálogos e outras comunicações pessoais".
O conselheiro abriu prazo de 15 dias para que Deltan possa se manifestar.