O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), conhecido como Paulinho da Força, foi condenado pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir pena de 10 anos e dois meses de prisão por crime contra o Sistema Financeiro Nacional e pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. As informações são do site G1.
Paulinho foi acusado de envolvimento em desvio de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Como a condenação é superior a oito anos, o Código Penal define que a pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.
A defesa do deputado nega que ele tenha cometido crime e informou que vai recorrer da decisão ao plenário do Supremo. Ainda de acordo com o G1, o advogado do deputado, Marcelo Leal, disse que foram apresentadas provas de que houve prestação de serviço, com mais de 1,2 mil e-mails, auditorias e depoimentos. A defesa alega que Paulinho da Força foi vítima de tráfico de influência.
O político, que é presidente do partido Solidariedade, que compõe o bloco conhecido como Centrão, novo aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi denunciado em 2012 pela Procuradoria Geral da República (PGR). A denúncia foi acolhida pelo STF em 2015, e Paulinho passou a responder a uma ação penal na condição de réu.
A PGR afirma que o parlamentar atuou para beneficiar empresas no BNDES. Também afirma que Paulinho indicou nomes de sua confiança para o Conselho de Administração do BNDES, em vaga destinada à Força Sindical, entidade controlada pelo deputado.