A investigação que busca esclarecer se o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) cometeu crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral ao declarar seus bens para a Justiça Eleitoral não será arquivado. O pedido de arquivamento, feito pela Polícia Federal (PF) em março, foi negado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), segundo informações do jornal O Globo.
Conforme a publicação, o resultado apurado pela PF não coincidiu com os elementos encontrados no inquérito do MP-RJ, que apura a prática de "rachadinha" no antigo gabinete do senador na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Nesse tipo de esquema, funcionários são coagidos a devolver parte dos salários aos parlamentares.
Segundo a Promotoria, Flávio teria lavado até R$ 2,3 milhões com transações imobiliárias e com sua loja de chocolates. O senador nega que tenha cometido os crimes.
As negociações imobiliárias de Flávio são investigadas pelo MP-RJ desde julho de 2018, a partir do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz e repasses de assessores do gabinete de Flávio para ele.