- O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello liberou a divulgação do vídeo da reunião do presidente Jair Bolsonaro. O ministro também incluiu a degravação de toda a reunião, em um arquivo com 75 páginas.
- "Mas é a putaria o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha família. Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira", diz o trecho apontado por Sergio Moro como evidência da tentativa de interferência de Bolsonaro na PF.
- "Sistemas de informações: o meu funciona. O meu particular funciona. Os ofi... que tem oficialmente, desinforma", disse Bolsonaro.
- "E me desculpe, o serviço de informações nosso, todos, é uma ... são uma vergonha, uma vergonha! Que eu não sou informado!", reclamou Bolsonaro sobre serviços de informação do governo. "E não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô! "
- "Eu sou o chefe supremo das forças armadas. Ponto final", disse Bolsonaro sobre a participação em manifestação antidemocrática em frente ao quartel-general do Exército em Brasília.
- "O dia que for proibido de ir. .. pra qualquer lugar do Brasil, pelo Supremo, acabou o mandato", declarou o presidente sobre as ordens de restrição de circulação determinadas por prefeituras. "Se eu não tiver esse direito de ir e vir. Prefeitinho lá do fim do mundo, um jaguapoca dum prefeito manda prender."
Leia a transcrição na íntegra abaixo
(esta reportagem está em atualização)
Braga Netto: Posso chamar a atenção do Ramos?
Jair Bolsonaro: (Ininteligível).
Braga Netto: Ô ministro Ramos, por favor, vamos prestar atenção.
Ramos: Sim senhor.
Braga Netto: (Risos). Muito obrigado.
Hamilton Mourão: (Ininteligível).
Braga Netto: O senhor gostou?
Hamilton Mourão: Bota ordem nesse troço aí, dá logo um esporro ...
Braga Netto: Senhores, bom dia. É .. . é ... essa reunião é por solicitação minha ao
Presidente da República, porque ... é ... nós iríamos apresentar isso à imprensa que não
foi apresentado e começaram uma série de especulações sobre esse plano de retomada. Então eu solicitei ao presidente uma reunião com os ministros, porque o plano não vai
ter efeito se todos os senhores não nos ajudarem, cada um na sua área, é claro. Tá? Na hora que nós precisarmos das pessoas para a ... a coordenação do plano, os minis .... o ministério que não colocar uma pessoa realmente que seja envolvida e tenha capacidade pra poder .. . é ... coordenar e executar ... ... o ... esse ministério vai ficar mais fraco, e aí o plano todo f. .. fica meio capenga. Tá? É uma apresentação de dez minutos no máximo, {usar} somente isso. Eu pediria também aos senhores que ... é ... é .. . não é ... a finalidade não é reunião de ministros para nós discutirmos nada. É simplesmente para apresentarmos o plano. Como é que saiu essa ideia? Tá ... eu estava conversando com diversos ministros, entre eles Rogério Marinho, o Tarcísio, inclusive o nome do plano eu roubei de um plano do Tarcísio, não é Tarcísio, né? Pedi autorização a ele e roubei. É um Plano Marshall brasileiro, né? E ... eu comecei a observar que tinha plano da .... ministério é ... de Des ... Desenvolvimento Regional, que a Economia tem plano, que a Saúde tem plano, e não estava havendo uma coordenação, um ... uma sinergia. Então esse foi o motivo dessa reunião aqui. Eu vou procurar ser bem ... bem breve e objetivo. Por favor, passa a primeira.
Braga Netto: Muito bom.
Hamilton Mourão: Passou tudo.
Braga Netto: Passou tudo acabou, acabou, então vamos acabar. Você tá no fim, tá errado cara! Pô. Passa a primeira. Muito bem! Os senhores podem observar o seguinte, é ... eu conversei com o presidente. O problema, nó .. . nós távamos invertendo a ... a questão duma lógica de raciocínio. Nós temos um problema, né? Nós temos desse problema, temos que ver quais são as consequências negativas desse problema? Todo mundo sabia, sanitárias e econômicas. Ninguém tem dúvida, com reflexo em todos os ministérios. Mas o foco não é em ... na solução do problema. O foco, hoje, de uma maneira geral, é quem é o culpado, né? E nós queremos real. .. recolocar, é ... é ... rem ... vamos dizer assim, readequar isso aí para como o governo deve reagir a este problema para achar uma solução para os dois, as duas consequências negativas que ocorrem.
Braga Netto: Próximo.
M?: Próximo.
Braga Netto: Então é um programa, o programa se chama Pró-Brasil, tá? Volto, dou o crédito ao ... a ... a ... o azar do Tarcísio foi ele ter conversado comigo (risos). Eu gostei e roubei.
Jair Bolsonaro: Capitão, pô!
Braga Netto: Não é? Pró-Brasil. É um programa para integrar, aprimorar ações estratégicas, os senhores vão ver que o foco, ele não é de Governo, ele é de Estado. Eu tô tentando fazer uma projeção de dez anos, tá? É ... eu tô tentando não, nós vamos ter que fazer isso aí. É ... pra retomada do crescimento socioeconômico em resposta aos impactos relacionados ao coronavírus, tá? Pode passar, por favor. As dimensões do programa são essas aí, ó, tá? Ele pega um modelo de governança, ele traz, ele busca melhoria da produtividade, investimentos estruturantes ...
Braga Netto: ... e ações estratégicas do setor público. Vai! O programa se divide em dois, em duas etapas, ou duas partes. O Pró-Brasil, é .... deixa eu até ver aqui que eu não to conseguindo enxergar ali ... ordem, e o Pró-Brasil Progresso, tá? O Pró-Brasil Ordem, que você não imprimiu pra mim e eu agradeço. A não, botou na página errada. Ele pega uma arcabouço normativo, ele trata - essas são as medidas estruturantes dele. Que vai ter que ter um arcabouço normativo, investimentos privados, segurança jurídica, produtivi ... é, jurídica e produtividade, melhoria no ambiente de negócios, e mitigação dos impactos socioeconômicos. Na parte de investimento ele foca em obras públicas, parcerias do setor privado. É ... ele ... ele ... esse programa também ele tem um foco ...
Braga Netto: ... na redução das desigualdades regionais, tá? Tem um foco na de ... na redução das desigualdades regionais ... ô Cid tá com um dedo pe .. . rápido aí! É ... e ... só um segundo por favor. Os inves ... pode passar por favor Cid. Qual é a abrangência do programa? Os senhores podem observar, que ele tem uma parte de infraestrutura, ele tem ações viabilizadoras e tem ações de apoio na lateral. Como é que é o nome mesmo o ...
M?: Facilitadoras.
Braga Netto: Facilitadoras. Então observe. Na infraestrutura, com foco particularmente nessas obras que estão paralisadas. Esses investimentos que nós estamos perdendo que estão paralisados. Ele pega infraestrutura de transporte e logística, desenvolvimento regional e cidades, pega energia e mineração, telecomunicações. Num desenvolvimento produtivo, ele foca na indústria, agronegócios, serviços e turismo.
Braga Netto: É ... na parte, na f. .. na ... na .. . na ... nas laterais os senhores têm a parte de cidadania, capacitação, saúde, defesa, inteligência e segurança. Tem também cadeias digitais, indústria criativa e ciência. E nas viabilizadoras, que são transversais na... em toda parte do programa, nós temos finanças e tributação, legislação e controle, meio ambiente e a parte institucional e internacional. Os ... qual é a nossa, nosso, por favor, o nosso time ft-ame que nós estamos pensando aí. A estruturação do programa eu preciso que os senhores, nós vamos fazer uma reunião, como os senhores podem ver, do ... é a primeira reunião do grupo de trabalho, tá? Com todos os ministérios, envolvidos. É, na sexta-feira agora, tá? Os senhores vão receber o horário, e aí nós teremos, de maio a julho, a estruturação do programa.
Braga Netto: De agosto a setembro, o detalhamento do projeto. A partir de outubro, implantação em larga escala, tendo um foco prioritário naquelas ações que tenham uma resposta mais imediata. Porque o brasileiro é o seguinte, na hora que nós! lançarmos o programa eles vão começar a cobrar resultado, né? Então eu tenho que ter alguma resposta pro público. E a efetividade dos processos e monitoramento, na realidade não tá no final, ele tá a ... durante todo o processo, tá? Passa mais um Cid, por favor. A não, não, volta, volta um, aí. É .. . o horizonte do programa, se os senhores observarem, nós estamos pensando num horizonte, né? Até dois mil, de dois mil e vinte ... na realidade até dois mil e trinta, tá? Mas uma primeira fase dele, ele é faseado, até o final desse primeiro governo, mas com um planejamento que prossiga nisso aí.
Braga Netto: Esse é o foco do que o trabalho que os grupos vão ter que apresentar. Tá ok? Pode passar a última por favor.
M?: Sem som.
Braga Netto: É sem som mesmo. Certo? Só um ... um leiaute pros senhores. Então, é ... na sexta-feira, eu solicitaria que os senhores quando enviassem as pess ... a ... os representantes, esses representantes já viessem com uma noção dos programas ou do que os senhores pretendem dentro dos ministérios de vocês. Uma primeira ideia. E nós vamos partir disso pra elaborar isso aí. O trabalho não será feito aqui, aqui é somente uma coordenação. Cada ministério vai fazer e nós vamos coordenar. Presidente, era só isso.
Jair Bolsonaro: Vamos dar a palavra ao Paulo Guedes, acho que é ... com todo respeito aos demais, acho que é o ministro mais importante nessa missão aí.
Paulo Guedes: Eu queria fazer a primeira observação, é o seguinte, não chamem de Plano Marshall porque revela um despreparo enorme.
Braga Netto: Não, não, não, isso aqui foi só aqui e agora. É o Pró-Brasil.
Paulo Guedes: Então quan ... quando se falou em Plano Marshall, Pró-Brasil é um nome espetacular. Dez, mil. Plano Marshall é um desastre. Eu... ma ... revela despreparo nosso. Plano Marshall, por exemplo, os Estados Unidos podem fazer um Plano Marshall para nos ajudar. A China (trecho excluído por decisão judicial) deveria financiar um Plano Marshall para ajudar todo mundo que foi atingido. Então a primeira inadequação, a gente tem que tomar muito cuidado é o seguinte, é o plano Pró-Brasil.
Braga Netto: Positivo. (Ininteligível)
Paulo Guedes: Não se fala Plano Marshall, porque é um desastre. Vai revelar falta de compreensão das coisas. A segunda coisa é o seguinte, é super bem-vinda essa iniciativa, para nos integrarmos todos. Agora, não vamos nos iludir. A retomada do crescimento vem pelos investimentos privados, pelo turismo pela abertura da economia, pelas reformas. Nós já estávamos crescendo.
Paulo Guedes: Voltar uma agenda de trinta anos atrás, que é investimentos públicos financiados pelo governo, isso foi o que a Dilma fez trinta anos. Então tá cheio de gente pensando nessa eleição agora, e botando coisa na p ... na cabeça do ... do ... de todo mundo aqui dentro, que são governadores querendo fazer a festa, são às vezes ministros querendo aparecer, tem de tudo. E todo mundo vem aqui: "vamos crescer, agora temos que crescer, tem que ter a resposta imediata, porque o governo vai gastar". O governo quebrou! O governo quebrou! Em todos os níveis. Prefeitura, governador e governo federal. Que que nós conseguimos fazer? Nós sinalizamos o contrário. Nós desalavancamos banco público, reduzimos endividamento, baixamos juros e o Brasil ia começar a voar. Então se agente lançar agora um plano, é ... todo o discurso é conhecido: "acabar com as desigualdades regionais", Marinho, claro, tá lá, são as digitais dele. É bi ... é bonito isso, mas isso é o que o Lula, o que a Dilma tão fazendo há trinta anos. Se a gente quiser acabar igual a Dilma, a gente segue esse caminho.
Paulo Guedes: Então, eu acho um discurso bom, mas nós temos que tomar cuidado e reequilibrar as coisas. Não pode ministro pra querer ter um papel preponderante esse ano destruir a candidatura do presidente, que vai ser reeleito se nós seguirmos o plano das reformas estruturantes originais. Então eu tenho que dar esse recado, nós vamos estar à disposição, nós vamos ajudar tudo, mas nós não podemos nos iludir. O caminho desenvolvimentista foi seguido, o Brasil quebrou por isso, o Brasil estagnou. A economia foi conompi ... a política foi corrompida, a economia estagnou através do excesso de gastos públicos. Então achar agora que você pode se levantar pelo suspensório, como é que um governo quebrado vai investir, vai fazer grandes investimentos públicos? Tarcísio sabe disso, conversamos sempre. Tarcísio sabe ...
Paulo Guedes: ... o seguinte. Quanto é cê consegue, Tarcísio? Passar de cinco bi para quanto? Pra quinze, pra vinte, pra trinta? Multiplicou por seis. Quanto é que você consegue de ... de investimento em concessões?
Tarcísio: Duzentos e cinquenta.
Paulo Guedes: Duzentos e cinquenta. Tá certo? Então ó, tem cem bilhões vindo pra saneamento. Tinha cem bilhões que viriam, as dezessete maiores é ... é ... é ... petroleiras do mundo viriam pra a nossa cessão onerosa, cem bilhões de cessão onerosa, cem bilhões de mineração, cem bilhões de saneamento, duzentos trinta bilhões de concessões. Quinhentos bilhões! Cadê o dinheiro do governo pra fazer isso? Num tem. Então quem tá sonhando, é sonhador. A gente aceita, politicamente a gente aceita. Vamos fazer todo o discurso da desigualdade, vamos gastar mais, precisamos eleger o presidente. Mas o presidente tem que pensar daqui a três anos. Não é daqui a um ano não. Tem muita gente pensando na eleição desse ano. É só a observação que eu faria.
Jair Bolsonaro: Eu tô fora de eleições municipais.
Braga Netto: É... a... a. .. só um minutinho. A ideia aqui, ninguém falou em investimento público por enquanto. Inclusive nós falamos ali em investimento, opa.
Braga Netto: E ... falamos inclusive em investimentos privado. O que tem que acontecer é o seguinte, eu tô vendo plano de tanto de gente, nós temos que sentar e aí. ..
Paulo Guedes: Isso. Não, fundamental essa coordenação.
Braga Netto: A im ... a imprensa ...
Paulo Guedes: Fundamental, fundamental.
Braga Netto: A .. . a ... a Economia vai dar exatamente o que que pode, o que que não pode ...
Paulo Guedes: Fundamental a coordenação.
Braga Netto: Aí nós vamos entrar .. .
Paulo Guedes: Até pra não sair na imprensa ...
Braga Netto: .. . pra gente apresentar.
Paulo Guedes: ... o que está saindo. Porque saiu na imprensa assim: "Plano Marshall, e Economia tá fora". Quer dizer alguém ...
Braga Netto: Só um minutinho, o Onyx pediu a palavra (se referindo a um terceiro)
Paulo Guedes: ... alguém, foi para a imprensa e falou "Ó, vem um Plano Marshall aí e a economia tá fora", que dizer ... é ... e ... e .. . enfraquecer o nosso, o nosso discurso num momento desse é uma tolice, é um atentado contra nós mesmos.
Braga Netto: Entra transversal a isso ...
Jair Bolsonaro: Pera um pouquinho, dá licença um pouquinho. A questão da imprensa. Eu acho que eu resumi hoje na frente do palácio em vinte segundos: "Eu não vou falar com vocês, porque vocês não deturpam, vocês inventam, e potencializam.". Tem que ser o papel de cada um, não pode um sair daqui no cantinho "A, foi mais ou menos isso", não pode falar nada. Tem que ignorar esses caras, cem por cento. Senão a gente não, não vai para frente.
Jair Bolsonaro: A gente tá sendo pautado por esses pulhas, pô. O tempo todo jogando um contra o outro. Até a Teresa Cristina contra mim (ininteligível). Mas para jogar a Teresa Cristina ... jogam ela contra mim. O tempo todo, tá? Então se a gente puder falar zero com a imprensa é a saída.
Braga Netto: Ô Onyx, depois o ...
Onyx Lorenzoni: Bom. Eu vou ser muito rápido aqui general. Primeiro, parabéns. É fundamental esse processo, de coordenação e de centro de governo. Nós precisamos
ter isso cada vez mais aprofundado e ... e com melhor qualidade. Segundo, eu quero,
é ... não precisa mas eu quero me somar a essa, é ... visão do ministro Paulo Guedes,
porque, vamo lá, nós em ... re ... recebemos o governo com trinta e seis mil obras
paradas. Oriundas da onde? Do PAC! Só pra lembrar!
Onyx Lorenzoni: O .. . o Abraão tem não sei quantas mil é ... é ... é . .. creches. Três mil creches paradas que somam nessas trinta e seis. Então, o que é que nós trouxemos pro Brasil, e como é que nós começamos o ano? E eu vou lembrar, presidente, o senhor sempre disse: "É muito triste ver um brasileiro chegar no exterior e ser recebido com o manto da desconfiança" . Pois nós passamos, Paulo Guedes, o ano todo, Tarcísio, Teresa, Bento, é ... é ... é ... o nosso ministro Marcos Pontes e outros, andando pelo mundo e fazendo o que? Vendendo o Brasil. Terminamos o ano. Quatroce ... lembro do número, quatrocentos e oitenta e dois bilhões de investimentos para os próximos vinte anos. Uma boa parte mineração, petróleo e por ai vai. É ... recebemos noventa bilhões de bônus de outorga. Nós temos dez bilhões de dólares do governo da Arábia Saudita que precisa definir onde é que vai botar.
Onyx Lorenzoni: Mas o príncipe autorizou. São cinquenta bilhões de reais, a di ... a dinhe iro de hoje. Então, eu tenho convicção de que nós temos que continuar fazendo o que a gente vinha fazendo. Ou seja, aprofundando a participação da sociedade. Nós temos uma coisa emblemática aqui que é a lei da liberdade econômica, que pela primeira vez na história do Brasil, desde que o Brasil é Brasil o cida ... dian ... diante do Estado tem razão, até que o Estado prove ao contrário. Foi isso que fez os americanos, que há duzentos anos atrás eram muito mais pobres do que nós, ser muito mais ricos do que nós. Então, o aprofundamento são sim das reformas, é sim ousar e ter urna reforma tributária que baixe imposto no Brasil. Reduz a carga tributária, eu tô falando sério. A gente nunca discutiu isso entre nós. Mas isso tem que caminhar para ISSO.
Onyx Lorenzoni: Por quê? Porque aí nós damos fôlego a iniciativa privada para que ela faça o que tem que fazer, e nós vamos ser mediadores desse processo. Apenas. E ... e sinceramente, eu acho que todo nosso esforço nos próximos dias, tem que ser como é que nós mantemos a nossa linha, porque nós terminamos o ano ministro Ernesto, ministro Tarcísio. O senhor foi recebido na associaç ... na federação das indústrias alemãs com um slide que mostrava a um, meia, três com os caminhões atolados, e a um, meia, três pavimentada. E o presidente que coordenava aquele momento, eu estava lá füe aguardando, voltando da Rússia, disse ao senhor "nós ... o que que vocês brasileiros fizeram, que nós não acreditávamos, que vocês recuperaram a confiança e estão fazendo tantas transformações" . Então presidente, só pra concluir, é ... cem por cento nesta linha, mas que a gente não perca o foco original, porque por onde a gente tava caminhando nós recuperamos a confiança externa e externa.
Onyx Lorenzoni: Fomos acometidos de algo muito grave, que é uma doença, e que foi levado ao paroxismo da histeria porque serve a interesses de muitos, os mais variados, eu não vou aqui detalhar. Mas sinceramente, temos que rapidamente voltar ao que nós estávamos fazendo, porque nós tavam no caminho certo e a prova disso é que todo mundo voltou a olhar o Brasil com respeito.
Braga Netto: Rogério.
Rogério Marinho: Bom, eu vou partir do princípio que todos que estão aqui são bemintencionados e querem o bem do Brasil. Tá? Então eu não a ... não acredito em teoria da conspiração nem que ninguém quer solapar os alicerces da República nem abalar a administração do presidente Bolsonaro, pelo contrário. E quero lembrar a todos que não existem verdades absolutas. Por favor, por favor, vamos refletir. O que tá acontecendo hoj e no mundo não tem parâmetro nos últimos cem anos.
Rogério Marinho: O que tá acontecendo hoje no mundo, vai permitir de acordo com o FMI, que foi a previsão de uma semana atrás, de uma diminuição de quase três por cento do PIB mundial, e no caso do Brasil de mais de cinco por cento. Não tem paralelo. Em situações extraordinárias, remédios extraordinários de forn1a circunstancial. Isso não significa que nós tenhamos a necessidade de implantarmos uma política permanente. O ... o ministro Braga Neto tá, na sua apresentação, ele estabelece inclusive o limite temporal e deixa claro que é uma política de Estado. O que eu peço é que nós tenhamos aqui as mentes abertas. E que os dogmas, quaisquer que sejam eles presidente, sejam colocados de lado nesse momento .
Rogério Marinho: Porque os governos do mundo certamente tem a capacidade de entender o que tá se passando. E eu tenho visto governos extremamente li berais preparando programas de reconstrução, levando em consideração a necessidade de que o Estado nacional passa a ter um papel diferente como tomador de risco nesse momento em que há uma queda abrupta da liquidez. O ministro Onyx fala com muita propriedade da Arábia Saudita, dos dez bilhões de dólares. É bom lembrar, tá aqui o ministro Bento, que tá se pagando para se retirar petróleo do mundo. Os países vão utilizar as suas respecti vas liquidez para resolver os seus problemas de infraestrutura e de retomada das suas economias. Nós temos que ter segurança jurídica, senhor presidente. Respeito a contrato, senhor presidente. Capacidade de alavancar recursos privados com a inversão de recursos públicos sim!
Rogério Marinho: É bom lembrar, que eu tenho ouvido fa lar, não sei se é verdade, depois a gente vai com ... com ... vai colocar na ponta do lápis, que a gente pode chegar a seiscentos bilhões de reais esse ano de aj uda a empresas e a pessoas físicas. Recursos do governo federal. Fruto de endividamento do governo. Desse governo, que vai terminar o ano com déficits quatro, cinco, seis vezes maior do que estava precificado no início do ano. Caiu um meteoro sobre as nossas cabeças. Então, por favor, nós não podemos começar uma discussão com verdades absolutas e com dogmas estabelecidos ao longo de cem anos, em função de uma catástrofe que se abateu sobre o mundo, e os governos de todo o mundo estão se debruçando sobre o assunto, entendendo que muda o papel do Estado. Senhor presidente, é bom lembrar que quando houve a unificação da Alemanha, eu acho que esse é um fato histórico irrefutável, o Estado alemão entendeu e fez um pacto de que de .. . haveria necessidade de investir em capital humano e infraestrutura na Alemanha Oriental para diminuir desigualdades regionais.
Rogério Marinho: E esse é um pacto do Brasil. Essa pode ser uma catástrofe, que vai nos afundar, ou pode ser uma onda pra gente surfar, uma alavanca para recuperar o país. Todos os países do mundo estão submetidos ao mesmo processo. Vai depender, da nossa capacidade de termos uma opção clara de que forma vamos sair desse problema. Se vamos gastar seiscentos bilhões de reais para resolver uma situação que é emergencial e todos reconhecemos que é necessária e darmos segurança à população, no caso alimentar, para evitarmos o caos, para diminuirmos a mortandade das empresas, muito bem. Tá co1Teto, essa é a boa direção.
Rogério Marinho: Porque não cinco, seis, sete por cento desse, desse total, dez por cento desse total, em obras de infraestrutura? Porque não termos a capacidade de alavancarmos emprego num momento em que a retomada, todos os economistas aqui reconhecem, vai ser muito lenta. Bom, eu só tô falando isso presidente, para que nós possamos ter essa discussão sem dogmas. Sem verdades absolutas. Sem a preocupação de que as coisas continuam como eram antes. Não são como eram antes. Aqui e no mundo inteiro. Era isso, senhor Presidente.
Braga Netto: Ricardo
Ricardo Salles: Presidente, eu tava assistindo atentamente a apresentação do colega, ministro Braga Neto, e ... na parte final ali na, no slide da, das questões transversais tá o Meio Ambiente, mas eu acho que o que eu vou dizer aqui sobre o meio ambiente se aplica a diversas outras matérias. Nós temos a possibilidade nesse momento que a atenção da imprensa tá voltada exclusiva ... quase que exclusivamente pro COVID, e daqui a pouco para a Amazônia, o General Mourão tem feito aí os trabalhos preparatórios para que a gente possa entrar nesse assunto da Amazônia um pouco mais calçado, mas não é isso que eu quero falar. A oportunidade que nós temos, que a imprensa não tá ... tá nos dando um pouco de alívio nos outros temas, é passar as reformas infralegais de desregulamentação, simplificação, todas as refonnas que o mundo inteiro nessas viagens que se referiu o Onyx certamente cobrou dele, cobrou do Paulo ...
Ricardo Salles: ... cobrou da Teresa, cobrou do Tarcísio, cobrou de todo mundo, da ... da segurança jurídica, da previsibilidade, da simplificação, essa ... grande parte dessa matéria ela se dá em portarias e norma dos ministérios que aqui estão, inclusive o de Meio Ambiente. E que são muito dificcis, c nesse aspecto eu acho que o Meio Ambiente é o mais difícil, de passar qualquer mudança infralegal em termos de infraestru ... e ... é ... instrução normativa e portaria, porque tudo que agente faz é pau no judiciário, no dia seguinte. Então pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de COVID e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De IPHAN, de ministério da Agricultura, de ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação regulam ... é de regulatório que nós precisamo, em todos os aspectos.
Ricardo Salles: E deixar a AGU - o André não tá aí né? E deixar a AGU de stand by pra cada pau que tiver, porque vai ter, essa semana mesmo nós assinamos uma medida a pedido do ministério da Agricultura, que foi a simplificação da lei da mata atlântica, pra usar o código florestal. Hoje já tá nos jornais dizendo que vão entrar com medi ... com ações judiciais e ação civil pública no Brasil inteiro contra a medida. Então pra isso nós temos que tá com a artilharia da AGU preparada pra cada linha que a gente avança ter uma coi ... mas tem uma lista enorme, em todos os ministérios que têm papel regulatório aqui, pra simplificar. Não precisamos de congresso. Porque coisa que precisa de congresso também, nesse, nesse fuzuê que está aí, nós não vamos conseguir apo ... apos . .. é ... aprovar. Agora tem um monte de coisa que é só, parecer, caneta, parecer, caneta. Sem parecer também não tem caneta, porque dar uma canetada sem parecer é cana. Então, o ... o ... o ... isso aí vale muito a pena. A gente tem um espaço enorme pra fazer.
Ricardo Saltes: É ... e ... enfim, eu acho que essa .. . essa é uma questão importante que tava aí nos slides, Braga Netto, que ....
Braga Netto: Você vê que a jurídica também tá embaixo .. .
Ricardo Saltes: Isso, é ... exatamente.
Braga Netto: ... de tudo. Só que ... só os senhores entenderem o seguinte, isso aqui é coordenação dos planos que eu sei que todos est. .. estão fazendo, tá? A coordenação. O que vai ser possível executar ou não, vão entrar naquelas, nas .. . nas ... nas ... vamos dizer, nas .. . nas limitações que nós temos, e o que tiver conflito será levado à decisão do presidente. Agora nós temos que andar com isso rápido porque a queda do desemprego, a .. . a ... o país tá sem esperança, nós temos que fazer isso andar. A ... a ... a ... o pessoal da in ... da ... da iniciativa privada está nos procurando, a gente tem que dar um rumo nisso aí. Tá bom? A ideia é essa. (Ininteligível)
Jair Bolsonaro: É ... me ligou agora de manhã, o ... Eduardo Gouveia Vieira da Firjan.
Jair Bolsonaro: Ele quer fazer uma videoconferência onde mais de trezentos empresários do Rio, que é um pouquinho abaixo do potencial de São Paulo, pra hipotecar solidariedade a uma ... a ... a ideia que nós temos de reabrir o comércio. A desgraça que vem pela frente, eu acho que o Paulo Guedes tá sendo até legal, hein Paulo Guedes? Eu não sou economista não. Vai ser uma porrada muito maior do que você possa imaginar. Não são apenas os informais. Eu acho que já bateu a dez milhões de carteira assinada, foi pro saco. E os governos estaduais não tem como pagar salário pros ca ... não tem. Maio, metade dos estados não te .. . não vai ter como pagar salário mais. A desgraça tá aí. Eles vão querer empurrar essa ... essa ... essa trozoba pra cima da gente, esse pessoal aqui do lado vai querer empurrar, e a gente vai reagir porque aqui não é saco sem fundo. Tá? Então essa preocupação vamos ter. Paralelamente a isso tem aí OAB da vida, enchendo o saco do Supremo, pra abrir o processo de impeachment porque eu não apresentei meu ... meu exame de ... de ... de ... de vírus, essas frescurada toda, que todo mundo tem que tá ligado.
Jair Bolsonaro: Não é apenas é ... cuidar do seu ministério nessas questões que estamos tratando aqui, é tratar da questão política também. Tá certo? Então é ... essa é a preocupação temos que ter, porque a luta pelo poder continua. A todo ... a todo vapor. E, sem neurose da minha parte, tá? O campo fértil pra aparecer um ... uns porcaria aí, né? Levantando a ... aquela bandeira de ... do ... do povo ao meu lado, não custa nada. E o terreno fértil é esse, o desemprego, caos, miséria, desordem social e outras coisas mais. Então essa é a preocupação, todos devem ter, né? Não é "tá bom?", o ministério fatura, "deu merda?" no colo do presidente. Não pode ser assim. Hoje eu vi o Magno Malta me defendendo. O Magno Malta, desculpa aí, foi tratado lá atrás para ser vice. Depois ele resolveu não ser, tudo bem. Depois foi ser tratado para ser ministro, tudo bem.
Jair Bolsonaro: Agora politicamente ele nunca me deu uma alfinetada e sempre tá defendendo com os problemas que ele tem. Então não é o ministro ir de peito aberto, enfrentar, entrar no covil dos leões, mas não pode, né? Por exemplo, quando se fala em possível impeachment, ação no Supremo, baseado em filigranas, eu vou em qualquer lugar do território nacional e ponto final! O dia que for proibido de ir. .. pra qualquer lugar do Brasil, pelo Supremo, acabou o mandato. E, espero que eles não decidam, ou ele, né? Monocraticamente, querer tomar certas medidas porque daí nós vamos ter um ... uma crise política de verdade. E eu não vou meter o rabo no meio das pernas. Isso daí. .. zero, zero. Tá certo? Porque se eu errar, se achar um dia ligação minha com empreiteiro, dinheiro na conta na Suíça, porrada sem problema nenhum. Vai pro impeachment, vai embora. Agora, com frescura, com babaquice, não!
Jair Bolsonaro: Até em cima do que eu falei, em frente ao forte apache. Eu sou o chefe supremo das forças armadas. Ponto final. O pessoal tava lá, eu fui lá. Dia do exército. E falei algo que eu acho que num tem nada demais. Mas a repercussão é enorme. "Ó, o Al-5". Cadê o Al-5? Ca .. . cabou com a ... o AI-5 não exis ... não existe ato institucional no Brasil mais. É uma besteira. Artigo um, quatro, dois. É um pessoal que não sabe interpretar a Constituição. Agora em cima disso fazer uma onda? A "vamos ouvir deputados, empresários", seja lá o que for. Agora, quando a Câmara faz lá dentro uma homenagem a Che Guevara, a Mao Tse-Tung e tudo mais, não tem problema nenhum. Quando o Partido Comunista do Brasil faz suas convenções e idolatram lá Fidel Castro, entre outros, não tem problema nenhum. Quando um coitado levanta uma placa de Al-5, que eu tô me lixando para aquilo, porque num .. . porque num existe AI-5. Não existe. Artigo um, quatro, dois: nós queremos cumprir o artigo um, quatro, dois, todo mundo quer cumprir o artigo um, quatro, dois.
Jair Bolsonaro: E havendo necessidade, qualquer dos poderes, pode, né? Pedir as forças armadas que intervenham pra reestabelecer a ordem no Brasil, naquele local em problema nenhum. Agora todos, né? Tem que se preocupar com a questão política, e a quem de direito, tira a cabeça da toca, porra! Não é só ficar dentro da toca o tempo todo não! "Tô bem, eu tô cuidando da minha imagem, a imagem tá aqui, eu sou bonitinho, e o resto que se exploda" . Não! Tem que fazer a sua parte. Então é isso que eu tento, ten ... te ... tenho falar com vocês, porque depois de um certo momento, onde chegar a ... na ... na ... a cabeça dessas pessoas, fica difícil voltar atrás. Daí querem uma crise, é urna crise. Não tenho amor por essa ... por essa ... por esse mandato a ... pe ... pe ... pela cadeira de Presidente. Ne .. . ne ... zero, zero! Não vou provocar ninguém. E assim corno a defesa faz uma nota muito boa dizendo que vai cumprir a constituição, liberdade, e co ... dez! E não aceita golpe, dez! Também não aceita um contragolpe dos caras, porra!
Jair Bolsonaro: Vai deixar alguns maluco aí, que eles sabem quem são, ficar aí naquela fervura de "Ó, o Presidente é irresponsável, ele é maluco, ele é genocida". Não é assim. Não va ... o que vale prum lado, vale pro outro, o que não vale prum lado, não vale pro outro. Essa é a nossa preocupação que devemos ter. Com isso que tá aqui, o Pró-Brasil, mas também com a questão política. Se nós começarmos a falar com propriedade, e tem gen ... muita gente que fala muito melhor do que eu, e tem um conhecimento muito melhor do que eu, tem que fa lar, pô! Discretamente mas tem que falar, pra não deixar subir a temperatura, porque é só porrada o tempo todo em cima de mim. E vou continuar indo em qualquer lugar do Brasil e ponto final, é problema meu. Tá certo? Se eu não tiver esse direito de ir e vir. Prefeitinho lá do fim do mundo, um jaguapoca dum prefeito manda prender. Tem que a Justiça se posicionar. .. se posicionar sobre isso, porra! Tem que se posicionar sobre isso, abertamente! Não admitimos prisão por parte de prefeitos, e o decreto!
Jair Bolsonaro: Tem que falar, não é fi car quieto. E quem de direito aqui, e todos os ministros tem que falar isso aí, não é só a Justiça. Todos tem que falar. Não é ficar, deixa o bo ... toca o barco não e .. .. e vamos em frente. Tá? Então é isso que eu apelo a vocês, pô. Essa preocupação. Acordem para a política e se exponham, afinal de contas o governo é um só. E se eu cair, cai todo mundo. Agora vamo ca ... se tiver que cair um dia, vamos cair lutando, uma bandeira justa. Não por uma babaquice de ... de ... de exame a .. . antivírus, pô. Pelo amor de Deus, pô. Tá? Eu até ... deixar bem claro, de uns oito ano pra cá, quando pedia farmácia de manipulação um remédio qualquer, eu falava com o médico: "bota um nome de fantasia", porque se for o meu nome pra lá, como era, sempre fui um cara manjado, não é, tem três quatro que vão manipular lá o medicamento, podem me envenenar, pô! E assim é a mesma coisa a questão do vírus, entre outros. De acordo com interesse, o cara dá negativo ou dá positivo. Depois que deu, vai pra contraprova mas dá problema.
Jair Bolsonaro: E nós sabemos, tá certo? Que nós temos um compromisso com a verdade. Eu jamais mentiria se não tivesse realmente um exame negativo. Jamais eu ia mentir a negativa deu positivo, ou vice-versa. Jamais. A verdade acima de tudo. Então é um apelo que cu faço a todos, que se preocupem com política, pra não ser! surpreendido. Eu não vou esperar o barco começar a afundar pra tirar água. Estou tirando água, e vou continuar tirando água de todos os ministérios no tocante a isso. A pessoa tem que entender. Se não quer entender, paciência, pô! E eu tenho o poder e vou interferir em todos os ministérios, sem exceção. Nos bancos eu falo com o Paulo Guedes, se tiver que interferir. Nunca tive problema com ele, zero problema com Paulo Guedes. Agora os demais, vou! Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações.
Jair Bolsonaro: Eu tenho as ... as inteligências das Forças Armadas que não tenho informações. ABIN tem os seus problemas, tenho algumas informações. Só não tenho mais porque tá faltando, realmente, temos problemas, pô! Aparelhamento etc. Mas a gente num pode viver sem informação. Sem info ... co ... quem é que nunca ficou atrás do ... da ... da ... da ... da ... da ... da ... da porta ouvindo o que seu filho ou sua filha tá ... tá comentando. Tem que ver pra depois que e ... depois que ela engravida, não adianta falar com ela mais. Tem que ver antes ... depois que o moleque encheu os cornos de ... de droga, já não adianta mais falar com ele, já era. E informação é assim. Eu tava vendo, estudando em fim de semana aqui como é que o serviço chinês,\secreto, trabalha nos Estados Unidos. uai a preocupação nossa aqui? -. E simples o negócio. "A, não deve publicamente" . Devo falar como? Tá todo mundo vendo o que tá acontecendo. Tu não tira.
Jair Bolsonaro: É uma realidade. Não adianta esconder mais, tapar o sol com a peneira, né? Tem, não é ... em vá ... em alguns ministérios tem gente deles~aqui dentro, né? Então não queremos brigar com _ , zero briga com a --· Precisamos deles pra vender? Sim. Eles precisam também de nós. Porque se não precisassem não estariam comprando a soja da gente não. Precisam. E é um negócio, pô. E devemos aliar com quem tem umas ... alguma afinidade conosco. Pra gente poder faz ... fazer valer a nossa vontade naquele momento. Não adianta se esconder aqui, depois tem um problema, daí liga pro tio, "O tio". Vou falar "Pô cara, você me ignorou até hoje!". Você só não me chamou de imperialista, igual a esquerdalha e o FHC falavam no passado, no resto ... agora não dá mais. Então essa é a preocupação que temos que ter. A questão estratégica, que não estamos tendo. E me desculpe, o serviço de informações nosso, todos, é uma ... são uma vergonha, uma vergonha! Que eu não sou informado!
Jair Bolsonaro: E não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô! Não é ameaça, não é uma ... urna extrapolação da minha parte. É uma verdade. Como eu falei, né? Dei os ministérios pros senhores. O poder de veto. Mudou agora. Tem que mudar, pô. E eu quero, é realmente, é governar o Brasil. Não, é o problema de todos aqui, como disse o Marinho, né? É o mesmo barquinho, é o mesmo barco. Se alguém cavar o fu ... cavar no porão aqui, vai, vai todo mundo pro saco aqui, vai todo mundo morrer afogado. Então ess ... isso que a gente precisa, é pensar além do que tem que fazer internan1ente aqui. Quando explodiu o INMETRO, conversei com o Paulo Guedes. Uma, desculpe o linguajar, uma putaria! Putaria o INMETRO! Trocar tacógrafo, trocar taxímetro, botar chip na bomba de combustível, putaria! Igualzinho a tomada de três pinos. Tá muito bem agora lá. A imprensa enfiou a porrada. "A, botou um coronel" . Coronel é formado pelo IME. Num ia botar um coronel sem u ... sem uma formação, tá?
Jair Bolsonaro: E assim nós devemos agir. Como tava discutindo agora. O IPHAN, não é? Tá la vinculado a Cultura. Eu fiz a cagada em escolher, nu ... não escolher uma , 'uma pessoa que tivesse o ... também um outro perfil. E uma excelente pessoa que tá lá, tá? Mas tinha que ter um outro perfil também. O IPHAN para qualquer obra do Brasil, como para a do Luciano Hang. Enquanto tá lá um cocô petrificado de índio, para a obra, pô! Para a obra. O que que tem que fazer? Alguém do IPHAN que resolva o assunto, né? E assim nós temos que proceder. E assim, cada órgão, como eu falei da Teresa Cristina, que mudou uma Instrução Normativa, revogou uma Instrução Normativa, ajudou quatrocentos mil pessoas no Vale do Ribeira - parabéns a ela - assim são outras decisões. A questão de armamento, né? As questões de ... mas por quê? Espera aí! Ministro da Justi ... senhor ministro da Justiça, por favor. Foi decidido a pouco tempo que não podia botar algema em quase ninguém. Por que tão botando algema, em cidadão que tá trabalhando, ou mulher que tá em praça pública, e a Justiça não fala nada?
Jair Bolsonaro: Tem que falar, pô! Vai ficar quieto até quando? Ou eu tenho que continuar me expondo? Tem que falar, botar pra fora, esculachar! Não pode botar algema! Decisão do próprio Supremo. E vamos ficar quieto até quando? Fica humilhando nosso povo, por quê? Isso tá crescendo. Pessoal fica apontando pra mim, "votei em você pra você fazer alguma coisa!", "votei em você pra você tomar decisões, pra você brigar! ". E é verdade. Eu tô me lixando com a reeleição. Eu quero mais que alguém seja re ... seja eleito, se eu vier candidato, tá? Pra eu ter. .. eu quero ter paz no Brasil, mais nada. Porque se for a esquerda, eu e uma porrada de vocês aqui tem que sair do Brasil, porque vão ser presos. E eu tenho certeza que vão me condenar por homofobia, oito anos por homofobia. Daí inventam um racismo, como inventaram agora pro Weintraub. Desculpa, desculpa o ... o desabafo: puta que o pariu! O Weintraub pode ter falado a maior merda do mundo, mas racista? Vamos ter que reagir pessoal, é outra briga.
Jair Bolsonaro: Tem que ser um governo com a ... com altivez. Se expor, mostrar que nós temos o povo do nosso lado. Que nós somos submissos ao povo. Nós queremos realmente, é como disse, se não me engano Magareth Tacher, né? Ou Reagan, não sei? Pra se . .. tem que ser conduzido pela povo brasileiro, e ponto final. Onde o povo tá, vamos estar junto. Eu não convidei ninguém pra ir pra frente do pa .. . da ... do forte apache, ninguém, zero! Tava na casa do meu filho, fiquei sabendo: "Vô pra lá"! A imprensa tá falando agora que, o ... não sei ... que dois ministros militares aí não aceitaram meu convite. O dia que ... ou eu convido o ministro pra um churrasquinho em casa, ou pago uma missão!
M?: Eu e o Fernando.
Jair Bolsonaro: Tá? Não sei, tá? Ou eu pago uma missão. Se a missão for absurda, o ministro fala "ó, tchau, tô fora", tá certo? Ou vai e fica puto, mas vai, pô! E jamais eu vou pagar uma missão escrota pra quem quer que seja, nem no quartel eu fazia isso com recruta, nem no quartel, tá certo? Quem dirá o nosso convívio aqui que é muito bom, é ... partir pra essa linha.
Jair Bolsonaro: Não estamos em desespero, nós estamos bem. Não somos acusados de desvio, de corrupção, nada. Na se ... nada, tá zero! Temos problema pela frente. Vamos tentar solucionar, como eu tenho conversado com vários ministros. E vamos solucionar, porque o destino do Brasil tá na mão desse grupo privilegiado que tá aqui. E eu não seria nada sem vocês. Vocês não seriam ministro sem . .. sem eu ... duvido! Dificilmente alguém ia ser ministro se tivesse um Haddad aqui. Eu duvido! Poderia aceitar por alguns dias, né? Depois ver a sacanagem que ia ser, não ia ser diferente do que foi os dois anos anteriores do PT, não é? Ia pedir pra sair. Então um apelo pra vocês, todo mundo se preocupe com o futuro do Brasil, com a questão política, criticar um ato de uma pessoa ou outra não é .. . não é criticar o Congresso ou de ... criticar o Supremo Tribunal Federal. É ... é uma ... quem não fica . .. quem não ficou revo ... vi o Moro ficou revoltado com a .. . com a liberdade desse pessoal. Por causa de ... de ... de ... de vírus, botou os estuprador pra fora.
Jair Bolsonaro: Imagina se estivesse estuprado uma filha nossa, um filho da puta desses ser posto em liberdade. Agora temos que se colocar no lugar dessas pessoas, desse pai que tem a filha estuprada, e o .. . e vagabundo foi posto na rua. Com uma decisão, fada-se de quem seja, tem que jogar pesado em cima aí. .. pesado em cima disso. Não é um desabafo, pessoal. É uma realidade. O nosso barco tá indo, mas não sabemos ainda, no momento dado o último caso, ess ... vírus, pra onde tá indo nosso barco. Pode tá indo em direção a um iceberg. A gente vai pro fundo. Então vamos se ligar, vamos se preocupar. Quem de direito, se manifesta, com altidez com palavras polidas, tá? Mas coloca uma posição! Porque não pode tudo, tudo, veio pra minha retaguarda, tudo tá? E vocês tem que apanhar junto comigo, logicamente quando tiver motivo pra apanhar, ou motivo pra bater.
Braga Netto: Pode continuar? (dirigindo-se a Jair Bolsonaro)
Jair Bolsonaro: Você deve (ininteligível)
Braga Netto: Não eu já caí. (Risos).
Braga Netto: Ministro Moro, por favor. A sequência aqui e o seguinte: ministro Moro, Montezano, o Nélson e o Paulo Guedes, tá? Eu pediria só aos senhores que fossem breves.
Tarcísio: General.
Braga Netto: Você também, caralho? Paulo guedes, quer falar por último?
Hamilton Mourão: Ele quer cobrar os raios do ... programa aí, pô .. .
Braga Netto: Tarcísio, depois do Paulo ... depois do ... do .... do ... o ... o ... Moro.
Sérgio Moro: Não, é ... bem ... primeiro a questão do plano ali que foi apresentado,
fica aqui o registro do meu elogio. Certo que ele tem que ser preenchido ai nos
detalhes, existem as questões econômicas a serem resolvidas lá pelo ministério da
Economia, a ser trabalhado também com as outras áreas econômicas. É ... só faria uma
sugestão aqui, ministro, se pudesse colocar desde logo em algum momento desse
plano, alguma referência importante também a ... a segurança pública e ... a controle
da corrupção. Foram dois temas centrais, né? Nas últimas eleições.
Sérgio Moro: E .. . são dois temas que, embora, é claro, que o plano vai ficar sujeito aí ao .. . ao detalhamento necessário, mas acho que é importante f. .. ter uma referência inicial para não parecer que nós estamos descurando desses aspectos específicos.
Braga Netto: Nós não entramos em detalhes, porque isso aqui, (ininteligível) de todos os ministérios praticamente responderam, isso aí pra mim viria no detalhamento do ministério, mas eu acho que politicamente cabe aí.
Sérgio Moro: Não, sim, sim ...
Braga Netto: Pra mim, tá ok.
Sérgio Moro: Não é ... eu entendo que cabe no detalhamento, mas acho que uma referência ...
Braga Netto: (lninteligivel)
Sérgio Moro: ... não é? Seria interessante.
Braga Netto: Eu vou apresentar (ininteligível).
Sérgio Moro: Tem que apontar também que ... o foi uma vitória do governo, do
presidente, ano passado houve uma queda expressiva desses principais indicadores
criminais. Isso embora seja mais vinculado com a questão da vida e segurança das pessoas, também é um fator importante aí pro investimento econômico, pra atrair, melhorar o ambiente econômico.
Sérgio Moro: E o controle da corrupção também é pressuposto, né? Então faria, aí a ... exclusivamente essa sugestão específica.
Braga Netto: Muito obrigado. É .... já tá anotado. BND ... é ... Montezano.
Gustavo Montezano: Ministro primeiramente parabéns pela (ininteligível). Acho que é muito oportuno pra gente começar a falar, pra gente começar a falar do dia seguinte. É ... o próprio ministro Guedes, nas discussões que temos tido no ... nas últimas semanas, tem nos orientado "BNDES foca na reconstrução, foca no dia seguinte". Porque a crise de saúde vai demorar alguns meses e a reconstrução muito mais meses do que isso. Então é muito imp ... oportuno a gente já começar a discutir isso. Segundo aqui eu subscrevo as palavras do ministro Salles. É o que a gente tem observado nos projetos e concessões e etc. Um da ... uma parte crítica é essa legislação, ou funcionamento da máquina pública. É um momento muito oportuno pra gente aproveitar isso, e isso faz uma baita diferença no preço de um projeto, na velocidade, faz muita diferença. Então eu subscrevo aqui as palavras do ... do ministro Salles.
Gustavo Montezano: E por último ministro, é ... quando eu assumi o banco em julho, o banco tava montado como uma fábrica de empréstimo, e o banco durante quinze anos foi uma fábrica de. .. de empréstimo. De julho até hoje a gente fez uma reestruturação completa no banco, é ... montando o que eu acho que .. . acredito hoje, ser já, o maior banco de investimento do Brasil em pessoas, e um banco de investimento de serviços focado em planejamentos econômico-setoriais, e estruturação de projetos, tá? O banco já tá atuando dessa forma. Temos um vasto conhecimento setorial, um vasto conhecimento de planejamento. Já está rodando a contento, e esse BNDES de hoje se parece muito mais com um BNDES de vinte anos atrás. Que era o BNDES que planejava e estruturava esses projetos pro Brasil. Então eu queria colocar aqui a sua disposição, que nos ...
Gustavo Montezano: ... use, estamos a serviço, então o que o senhor achar adequado e razoável, tanto na ... na ... no fornecimento de informações, mas como também nesse planejamento na coordenação, temos já um modus operandi, uma estrutura que é plug and play, se o qui .. . se o senhor quiser usar, já tá pronta pra rodar pra esse tipo de mapeamento ... mapeamento e estruturação de projeto, então por favor, sinta-se to .. . a .. . bem à vontade de nos usar integralmente aqui na coordenação desse projeto caso o senhor entenda é ... adequado, tá?
Braga Netto: Não, não ... (ininteligível). É .... Nélson, Nélson.
Nelson Teich: Alô. Bom, eu tô chegando aqui então é importante que eu .. . que eu coloque pra vocês como é que a gente vai trabalhar, né? É... a saúde ela é fundamental, porque enquanto a gente não mostrar pra a sociedade que a gente tem o controle da doença, da saída dela, qualquer tentativa econômica vai ser ruim, porque o medo vai impedir que você trate a economia como uma prioridade. Então controlar a doença hoje é fundamental.
Nelson Teich: E controlar a doença não significa que a gente vai curar a doença em uma semana, mas que a gente não é um barco a deriva e que a gente tem uma estratégia pra trabalhar essa a doença, né? Então são três coisas que a gente vai trabalhar. Primeiro a informação, pra entender o que que é a doença, qual é a evolução dela, como é que tá infraestrutura pra cuidar da doença, porque u .. . u ... u ... um dos grandes problemas que a gente tem hoje, se a gente olhar o Brasil hoje, ele é um dos melhores países em número em relação a mortalidade. O que assusta é você ver que o hospital não consegue atender, é gente do frigorífico, é gente que tá abrindo cova em algum lugar pra enterrar, e isso traz medo. E o medo impede que qualquer outra atividade tenha sucesso. Porque enquanto isso não for sanado, o restante vai ter muito pouca chance de ser comprado pela sociedade. A segunda coisa é estruturar a operação de cuidado. Então a gente vai investir em logística, vai investir na parte de compra e tentar melhorar o processo.
Braga Netto: Por quê? Porque se eu tiver os hospitais funcionando, eu vou ter os pacientes tratados, eu não tenho a sensação da crise, o medo melhora e o restante pode entrar. E a terceira coisa é a gente deixar claro um programa de saída do isolamento, do distanciamento. Não é que vá sair amanhã, mas a gente tem que ter um planejamento. Porque aí a gente realmente mostra que a ... a situação tá na nossa mão. Pode ser que demore um pouco, mas a gente tá controlando esse processo, que a gente não tá sendo um barco a deriva. Então, basicamente eu queria fa ... falar para você essa que é a forma como a gente vai tratar e vou ... a gente vai tá interagindo com todos os ministérios que forem necessários para que isso aconteça da forma mais rápida possível, basicamente é isso e prazer tá aqui com vocês.
Braga Netto: Sim senhor (dirigindo-se a Jair Bolsonaro).
Jair Bolsonaro: Ontem eu liguei pro Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal.
Chegou ao meu conhecimento, urna nota, que era dele, sobre o passamento de um
patrulheiro. E ele enfatizou que era COVID-19. Eu liguei pra ele.
Jair Bolsonaro: "Por favor, o que mais? Ele era obeso, era isso, era" .. . bem, tinha ... como é que é? (dirigindo-se a Braga Netto)
Braga Netto: Como .. . comorbidades.
Jair Bolsonaro: Comorbidades. Mas ali na nota dele só saiu CODIV-19. Então vamos alertar a quem de direito, ao respectivo ministério, pode botar CODJV- 19, mas bota também tinha fibrose nu ... montão de coisa, eu não entendo desse negócio não. Tinha um montão de coisa lá, pra exatamente não levar o medo à população. Porque a gente olha, morreu um sargento do exército, por exemplo. A princípio é um cara que tá bem de saúde, né? Um policial federal, né? Seja lá o que for, e isso daí não pode acontecer. Então a gente pede esse cuidado com o colegas, tá? A quem de direito, ao respectivo ministério, que tem alguém encarregado disso, né? Pra tomar esse devido cuidado pra não levar mais medo ainda pra população.
Nelson Teich: É que cê perguntou, em relação ... ele perguntou quanto tempo levaria para mostrar um plano, alguma coisa.
Rogério Marinho: (Ininteligível) apresentar um plano, se tem alguma perspectiva (ininteligível).
Nelson Teich: Eu acredito que ...
Braga Netto: O que?
Rogério Marinho: Um plano para (ininteligível).
M?: Um plano de transição.
Braga Netto: Não, não ... já ... já ... nós já conversamos hoje.
Rogério Marinho: Mas se ele tem essa ideia de tempo.
Braga Netto: Não, nós já conversamos hoje sobre isso (dirigindo-se a Nélson), (ininteligível) junto com a saúde, tá? Eu não posso dizer, tá?
Nelson Teich: A gente tá tra ... a gente tá trazendo um reforço .. .
Braga Netto: É ... A gente tá fazendo, isso aí.
Nelson Teich: ... para poder acelerar esse processo. Porque na verdade a gente tá ...
Nelson Teich: .. . correndo contra o tempo. Enquanto a gente não conseguir controlar a percepção que a gente hoje tem condição de cuidar das pessoas, vai ser difícil, né? E o problema da doença é que cê pega um sistema que se você falar em eficiência, os hospitais tem que ser eficientes. Então quando você fala em efi ciência, voe ... você vai quase no limite do cuidado. Cê não tem ... cê não tem sobra, cê não tem gordura. Quando você pega uma doença que chega, que é muita gente ao mesmo tempo, você não consegue ter agilidade pra preparar o sistema para cuidar dela. E a gente tem um problema adicional que a gente tem que tomar cuidado, que é o seguinte, como você tem os hospitais com pouca ... você tem muita gente fa lando de COVID, mas os hospitais estão diminuindo muito o atendimento. O que significa que eles vão ter problema financeiro. Se isso prorroga, esses hospitais vão ter cada vez mais dificuldades, você vai poder ter um hospital mais sucateado ou um hospital fechado.
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Abraham Weintraub: Eu sou, evidentemente, eu tô no grupo dos ministros que tá mais ligado com a militância. Evidente, porque eu era um militante. Eu tava militando de peito aberto, continuo militando. Do ponto de vista de carreira, eu poderia ter quem ... tentando me dar bem. Não foi isso que eu fiz. Não foi isso que eu fiz. Sei que isso daqui é um palácio, existem intrigas palacianas - estou sendo muito franco. E a gente pode sim perder a liberdade, perder esse país. Ninguém vai se dar bem se a gente perder esse país. Quem vai se dar bem são poucos, pouquíssimas famílias. Pouquíssimas famílias. Não se iludam. Não se iludam. Era isso.
Jair Bolsonaro: Deixa eu complementar aqui. O que o Weintraub tá falando - eu tô com sessenta e cinco anos - a gente vai se aproximando de quem não deve. Eu já tenho que me policiar no tocante a isso daí. São pessoas aqui em Brasília, dos três poderes, que não sabem o que é povo. Eu converso com alguns, não sabe o que é o feijão com arroz, não sabe o que é um supermercado. Esqueceu. Acha que o dinheiro cai do céu. "Eu tô com os meus privilégios garantidos, meus cem mil por mês", em média, cem mil por mês que essa galera ganha, né? Legalmente. E acha que isso não vai acabar nunca. Como alguns acham que a liberdade a ... a ... qua .. . "qual é desse cara, tá maluco?". Eu tô vendo o mais antigo aqui, o General Heleno aqui. Ele sabe o que é meia, o que foi meia quatro. Muitos aqui não sabem. Essa cambada que tentou chegar no poder em meia quatro, se ... se tivesse chegado, a gente tava fodido todo mundo aqui. Cortando ... ia tá felicíssimo se tivesse cortando cana, ganhando vinte dólar por mês. Não pode esquecer disso. Nós não podemos esquecer o que é esse povo. Eu vou convidar os ministros pra domingo ir passar na Ceilância e Taguatinga.
Jair Bolsonaro: É convite, não é ... não é missão não. Convite. Pra ver como é que tá o cara na ... na ... na esquina. Pra vir uns merda pra falar aí, né? Uns merda de sempre. "A, o cara rompeu o isolamento. Tá dando um péssimo exemplo.". Tá .. . péssimo exemplo é o cacete, pô! Pior é tá passando fome! Tá na merda, porra! Sentir o cheiro de povo, como eu falei, lá. É uma experiência pra todo político sentir! Ir lá ver como é que tá o negócio. Ou a gente tem que tá, como se fosse, né, ô? Um general na ... na retaguarda e deixar a tropa se ferrar na frente. Não! O general tá, tá na frente, o coronel tá na frente, o capitão tá na frente. Nossos heróis da segunda guerra mundial tiveram na frente de campo de batalha. Se precisar que, tenho certeza, nossas forças armadas vão cumprir com seu papel, mas, né? Nós temos que dar exemplo e mostrar que o Brasil não é - eu sou mais educado que o Weintraub, até me poli muito, né? No linguajar que ele usou - mas não é isso que o pessoal pinta por aí. Se reunindo de madrugada, pra lá, pra cá. Sistemas de infomarções: o meu funciona.
M?: General, (ininteligível).
Jair Bolsonaro: O meu particular funciona. Os ofi... que tem oficialmente, desinforma. E voltando ao ... ao tema: prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho. Então, pessoal, muitos vão poder sair do Brasil, mas não quero sair e ver a minha a irmã de Eldorado, outra de Cajati, o coitado do meu irmão capitão do Exército de ... de ... de ... lá de Miracatu se foder, porra! Como é perseguido o tempo todo. Aí a bosta da Folha de São Paulo, diz que meu irmão foi expulso dum açougue em Registro, que tava comprando carne sem máscara. Comprovou no papel, tava em São Paulo esse dia. O dono do ... do restaurante do ... do pa ... de ... do açougue falou que ele não tava lá. E fica por isso mesmo. Eu sei que é problema dele, né? Mas é a putaria o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha família. Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira.
Jair Bolsonaro: Aí vem um garoto aqui, ó - com todo o respeito - o do BNDES , tá? Eu conheci ele usava calção lá, é ...
(Risos).
Jair Bolsonaro: Pô, ele veio dos Estados Unidos pra cá, podia tá muito bem lá. Veio pra cá pra tentar mudar o Brasil a convite do Paulo Guedes, que é amigo dos pais deles. Por coincidência, não é Paulo Guedes?
Paulo Guedes: Coincidência.
Jair Bolsonaro: Acho que não ... eu não lembro do teus pais, lembro de você, pô! Tá
certo? Mas é alguém que tá investindo aqui. E todos nós temos que pensar nisso.
(Som de telefone tocando).
Jair Bolsonaro: O que esses filha de uma égua quer, ô Weintraub, é a nossa liberdade. Olha, eu tô, como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Como é fácil. O povo tá dentro de casa. Por isso que eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme! Que é a garantia que não vai ter um filho da puta aparecer pra impor uma ditadura aqui! Que é fácil impor uma ditadura! Facílimo! Um bosta de um prefeito faz um bosta de um decreto, algema, e deixa todo mundo dentro de casa. Se tivesse armado, ia pra rua. E se eu fosse ditador, né? Eu queria desarmar a população, como todos fizeram no passado quando queriam, antes de impor a sua respectiva ditadura. Aí, que é a demonstração nossa, eu peço ao Fernando e ao Moro que, por favor, assine essa portaria hoj e que eu quero dar um puta de um recado pra esses bosta! Por que que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura! E não da pra segurar mais! Não é? Não dá pra segurar mais.
Jair Bolsonaro: É. Quem não aceitar a minha, as minhas bandeiras, Damares: família, Deus, Brasil, armamento, liberdade de expressão, livre mercado. Quem não aceitar isso, está no governo errado. Esperem pra vinte e dois, né? O seu Álvaro Dias. Espere o Alckmin. Espere o Haddad. Ou talvez o Lula, né? E vai ser feliz com eles, pô! No meu governo tá errado! É escancarar a questão do armamento aqui. Eu quero todo mundo armado! Que povo armado jamais será escravizado. E que cada um faça, exerça o teu papel. Se exponha. Aqui eu já falei: perde o ministério quem for elogiado pela folha ou pelo globo! Pelo antagonista! Né? Então tem certos blogs aí que só tem notícia boa de ministro. Eu não sei como! O presidente ...
Jair Bolsonaro: ... leva porrada, mas o ministro é elogiado. A gente vê por aí. "A, o governo tá, o ... o ministério tá indo bem, apesar do presidente.". Vai pra puta que o pariu, porra! Eu que escalei o time, porra! Trocamos cinco. Espero trocar mais ninguém! Espero! Mas nós temos que, na linha do Weintraub, de forma mais educada um pouquinho, né? É ... de se preocupar com isso. Que os caras querem é a nossa hemorroida! É a nossa liberdade! Isso é uma verdade. O que esses caras fi zeram com o vírus, esse bosta desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso. Aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procw-a conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né?
M?: (Ininteligível).
Jair Bolsonaro: E nós sabemos o ... o que, a ideologia dele e o que ele prega. E que ele sempre foi. O que a ... tá aproveitando agora, um clima desse, pra levar o terror no Brasil. Né? Então, pessoal, por favor, se preocupe que o de há mais importante, mais importante que a vida de cada um de vocês, que é a sua liberdade. Que homem preso não vale porra nenhuma.
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