O presidente Jair Bolsonaro tem estudado eventuais ações judiciais antes de indicar Alexandre Ramagem, amigo de seu filho Carlos Bolsonaro, para o comando da Polícia Federal (PF). De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o presidente sondou informalmente integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) para saber do risco da indicação ser barrada.
Após a demissão de Maurício Valeixo da direção-geral da PF e a consequente saída de Sergio Moro do governo, Bolsonaro escolheu Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para chefiar a polícia.
O nome foi defendido pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Em foto postada nas redes sociais, Ramagem aparece em uma festa ao lado do filho do presidente, que é alvo de apuração da PF. Bolsonaro reafirmou a aliados que não pretende desistir da nomeação do amigo do filho.
Conforme a Folha, o governo recebeu sinalização positiva do STF em relação a Ramagem. No entanto, integrantes do Supremo ponderam que a relatoria de um questionamento da nomeação seria sorteada. Se cair com um ministro não tão simpático ao governo, o Planalto pode vir a sofrer um revés na corte.