Propostos pelo governo Eduardo Leite, os subsídios da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros foram aprovados na tarde desta quinta-feira (30) pela Assembleia Legislativa. Os deputados chancelaram a proposta do Palácio Piratini, impondo salários entre R$ 4 mil e R$ 27,9 mil, por 37 votos favoráveis e 16 contrários.
É a oitava vitória governista em plenário na convocação extraordinária chamada para apreciação do pacote que altera a carreira do funcionalismo gaúcho.
Pela nova lei, todos os apêndices que compõem os vencimentos, como risco de vida e tempo de serviço, passam a ser unificados nos contracheques, evitando o efeito cascata sobre a folha de pagamento. A votação transcorreu sob protestos das galerias.
— Canalhas — gritaram os servidores.
Até a mudança, os servidores recebiam gratificações por triênios e adicionais por tempo de serviço. Agora, essas vantagens serão extintas. Os militares que hoje ganham esses valores seguem recebendo, mas na forma de parcela autônoma correspondente ao montante que ultrapassar seu subsídio.
Para assegurar a vitória, Leite cedeu a pedidos da categoria. Após negociações lideradas pelo vice-governador e secretário de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, apresentou nova proposta de subsídios na quarta-feira (22) da semana passada.
A reforma aumentou as remunerações de soldados, cabos, sargentos e tenentes. O vencimento do soldado de nível I, por exemplo, subiu de R$ 6,2 mil para R$ 6,7 mil. A contrapartida foi a redução do subsídio de capitães, de R$ 20,3 mil para R$ 19,5 mil.