Edição extra do Diário Oficial da União tornou sem efeito a nomeação de José Vicente Santini como assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil da Presidência da República. Nesta quinta-feira (30) pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro havia tuitado que iria realizar nova demissão de Santini, que já havia sido exonerado porque usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a Davos, na Suíça e, depois, para a índia, onde estava a comitiva do Palácio do Planalto.
– O que ele (Santini) fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de avião comercial, classe econômica – havia afirmado Bolsonaro.
Santini era o secretário-executivo da Casa Civil – na prática, era o adjunto do ministro Onyx Lorenzoni. Em seu lugar, entrou Fernando Moura, que hoje também foi exonerado da interinidade do cargo porque assinou a nomeação de Santini para a assessoria especial.
O governo não informou o custo da viagem, mas, de acordo com oficiais da FAB ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, um deslocamento como esse não sai por menos de R$ 740 mil. Seria mais barato, portanto, viajar em voo comercial (em cotação realizada nesta quinta-feira, o mesmo itinerário poderia ser realizado por R$ 11,4 mil, valor das passagens aéreas Brasília-Zurique e Zurique-Nova Deli)