Concentrados desde o início da manhã desta terça-feira (17), na Praça da Matriz, sindicatos comemoraram a liminar que impediu a votação da proposta de mudança das alíquotas de previdência dos servidores civis. Para servidores, a decisão judicial foi considerada uma vitória.
— Recebemos com muita satisfação essa liminar, que retarda a pressa que o governo tem em votar esses projetos — disse o presidente do Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, que representa escrivães e investigadores da Polícia Civil.
Minutos após a confirmação no plenário da Assembleia, o adiamento da análise do projeto foi anunciado por lideranças do movimento aos manifestantes. Pelo microfone, seguiram os gritos de "retira, retira", pressionando o governador Eduardo Leite a desistir das medidas que alteram a carreira e a aposentadoria do funcionalismo.
Autora da liminar, a deputada Luciana Genro (PSOL) subiu no carro de som e foi aplaudida pelos funcionários públicos.
— Vamos continuar a mobilização sabendo que a liminar é uma vitória, mas que pode ser cassada a qualquer momento — discursou Luciana.
Apesar do clima de vitória, as entidades do funcionalismo anunciaram que a mobilização contra o pacote está mantida. O Cpers-Sindicato, que representa o magistério, segue na greve que dura um mês.
— Vários movimentos sinalizam que a nossa luta é vitoriosa. A liminar é um deles, mas não arredaremos o pé. Iremos permanecer em vigília, acampados na Praça da Matriz. Se a liminar for derrubada, estaremos aqui, firmes e fortes, para pressionar os deputados —disse a secretária-geral do Cpers, Candida Rossetto.