Confira, a seguir, um histórico das principais greves deflagradas pelo magistério público estadual no Rio Grande do Sul e um resumo dos resultados conquistados pela categoria ao longo dos anos.
Governo Amaral de Souza (Arena)
1979 - 13 dias
Resultados: nomeação de 20 mil concursados e 70% de reajuste parcelado
1980 - 21 dias
Resultados: plano de reajustes para 1981 e piso de 2,5 salários mínimos
Governo Jair Soares (PDS)
1985 - 60 dias
Resultados: piso de 2,5 salários mínimos e 13º salário
Governo Pedro Simon (PMDB)
1987 - 96 dias
Resultados: estabilidade para contratados e manutenção do plano de carreira
1989 - 42 dias
Resultados: reajuste parcelado de 54% e nomeação de 3 mil professores
1990 - 58 dias
Resultados: 105,42% parcelados como recomposição do piso
*Até hoje, o ex-governador Pedro Simon lembra do barulho das sinetas na Praça da Matriz, em Porto Alegre, tomada por centenas de professores.
Governo Alceu Collares (PDT)
1991 - 74 dias
Resultados: reajuste parcelado de 191,61%
Governo Antônio Britto (PMDB)
1997 - 20 dias
Resultados: reajuste parcelado de 15%
Governo Olívio Dutra (PT)
2000 - 32 dias
Resultados: reajuste salarial parcelado de 14,9%, mais 20% no vale-refeição
Governo Germano Rigotto (PMDB)
2006 - 37 dias
Resultados: reajuste parcelado de 8,57%
Governo Yeda Crusius (PSDB)
2008 - 15 dias
Resultados: recuo na votação de projeto que contabilizava vantagens da carreira para atingir o piso nacional
2009 - 8 dias
Resultados: recuo na votação de projeto que criava complemento salarial para atingir o piso nacional (sem elevar o básico)
*A greve transcorreu com aparente normalidade nas escolas. O foco da mobilização foi manifestação na Praça da Matriz, na Capital, para pressionar deputados.
Governo Tarso Genro (PT)
2011 - 15 dias
Resultados: a principal demanda da categoria (pagamento do piso nacional) não foi atendida
*A assembleia que definiu a greve teve presença reduzida de professores (as arquibancadas do Gigantinho não chegaram à metade da ocupação).
Governo José Ivo Sartori (PMDB)
2016 - 54 dias
Resultados: a categoria não conseguiu reajuste salarial nem pagamento do piso nacional, suas principais reivindicações à época
*Com o Cpers dividido (sem perspectivas de ter as demandas atendidas), a mobilização foi beneficiada pela onda de ocupação nas escolas por estudantes secundaristas.
2017 - 94 dias
Resultados: mais uma vez, a categoria não teve atendidas as principais demandas, entre elas o fim dos parcelamentos e o pagamento integral do 13º salário
*A greve chegou ao fim, em 8 de dezembro, com adesão de 328 escolas (17 de forma integral) de 2,5 mil, segundo balanço da Secretaria de Educação à época.