Após uma campanha tensa em 2016, marcada pela virada de Luiz Carlos Busato (PTB) sobre Beth Colombo (PRB), Canoas terá dois ex-aliados na disputa eleitoral do próximo ano. Embora negue em público, Busato deverá buscar o segundo mandato e enfrentar como principal adversário o ex-prefeito Jairo Jorge (PDT).
Cauteloso, o atual prefeito considera "extemporâneo" discutir eleição nesse momento. Para ele, qualquer anúncio precoce pode soar como campanha antecipada e esvaziar a sua base de apoio.
— Só em março do ano que vem — disse o petebista, questionado sobre quando tomará a decisão.
Sem mandato, Jairo encara uma realidade oposta. Anunciou a pré-candidatura já em novembro do ano passado, logo após percorrer os 497 municípios gaúchos na busca de votos para governador. O ex-prefeito só conseguiu o quarto lugar, mas disse que a campanha estadual o amadureceu.
— Eu vou fazer uma campanha olhando para a frente, sem ficar tirando pedras em outras pessoa — adiantou Jairo.
Fiador da candidatura de Beth, o pré-candidato terá de responder às suspeitas de irregularidades que marcaram a última eleição, quando a Polícia Federal apreendeu mais de R$ 500 mil no comitê da candidata e na casa do seu tesoureiro. Em julho, a Justiça Eleitoral tornou Beth inelegível por uso de caixa 2. A defesa de Beth ingressou com recurso, que tem efeito suspensivo.
Para quebrar a polarização, Felipe Martini (PSDB) irá tentar a prefeitura mais uma vez. Ex-aliado de Busato, se autoproclama liberal na economia e conservador nos costumes. Do lado de lá do espectro político, o PT voltará a ter candidatura própria depois de apoiar Beth no pleito anterior. O escolhido foi o ex-deputado Nelsinho Metalúrgico, que quer montar uma frente de esquerda para "reanimar" a militância da cidade.
O PSOL também está definido, com a pré-candidatura de Paulo Sérgio. PP, PSL e Novo ainda se articulam para indicar nomes aos 246 mil eleitores canoenses.
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