A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quinta-feira (22) mais de R$ 500 mil da campanha da candidata à prefeitura de Canoas, Beth Colombo (PRB). Durante a operação Suffragium, que apura crimes eleitorais, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva.
As ordens judiciais foram cumpridas no comitê central da campanha, na residência do tesoureiro, Guilherme Ortiz, além de um depósito não declarado à Justiça Eleitoral que é utilizado para armazenar material gráfico, todos em Canoas. No comitê, foram apreendidos R$ 176,7 mil em espécie e um cheque de R$50 mil. Outros R$ 300 mil ainda foram recolhidos na casa de Ortiz.
Conforme nota divulgada pela Polícia Federal, "os responsáveis pela campanha até o momento não apresentaram a comprovação de origem dos recursos apreendidos". No depósito, os agentes encontraram grande quantidade de material de campanha.
De acordo com a Polícia Federal, o inquérito foi instaurado em agosto a partir de denúncia recebida. As investigações vão prosseguir para identificar a origem dos recursos. A PF não divulgou os nomes das pessoas levadas para prestar depoimento.
Em nota, a assessoria de imprensa da candidata alega que "a campanha prima pela legalidade da arrecadação e contabilização dos gastos" e que a "prestação de contas da campanha é pública e temos a tranquilidade que ela elucidará qualquer dúvida".
Leia a nota na íntegra:
Com relação a Operação da Polícia Federal realizada hoje no Comitê do BOM temos a informar o seguinte:
1. Confiamos plenamente no trabalho da Justiça Eleitoral que deverá apurar os fatos com isenção e celeridade.
2. Acreditamos na Polícia Federal, que executará seu trabalho com rapidez e eficiência, motivo que nos levou há poucos dias a denunciar um grupo de criminosos que estavam oferecendo aos candidatos da cidade a possibilidade de fraudar a urna eletrônica. Foi a denúncia do Prefeito Jairo Jorge que originou a investigação e prisão dos criminosos.
3. Nossa campanha tem sido modesta, baseada na militância voluntária dos nossos apoiadores e na realização de atividades de arrecadação.
4. A campanha do BOM prima pela legalidade da arrecadação e contabilização dos gastos. A prestação de contas da campanha é pública e temos a tranquilidade que ela elucidará qualquer dúvida.
BOM - Bloco do Orgulho Municipal
