O presidente Jair Bolsonaro acionou nesta sexta-feira (18) a Advocacia-Geral da União (AGU) para processar, por ameaça, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Conforme a publicação, o órgão estuda medidas que possam ser tomadas contra o deputado. Em um áudio vazado e divulgado na quinta-feira (17), o parlamentar chamou Bolsonaro de "vagabundo" e disse que iria implodir o presidente.
Mais tarde, o parlamentar disse em entrevista a Folha que um processo contra ele seria um "presente".
— Vou esperar esse presente. Com certeza tenho muito, muito material para rebater. Não posso adiantar nada, mas com certeza o Brasil todo vai querer saber o que é — declarou.
Nesta sexta (18), o deputado disse, ao chegar para uma reunião da executiva do PSL, que o Palácio do Planalto e ministros do governo estariam atuando para derrubá-lo da liderança da sigla na Câmara. O deputado afirmou ainda ter sido "traído" pelo presidente.
— Nada do que eu falei (no áudio) é mentira. Se você for traído, como vai se sentir? Eu fui traído. O presidente pessoalmente está interferindo para me tirar da liderança. Isso não é traição? — ressaltou.
— Se eu sou fiel a ele desde 2011. Se ele pessoalmente, junto com o líder do governo (deputado) Vitor Hugo (PSL-GO) e o senador (governador) Ronaldo Caiado (DEM) trabalham para me derrubar do diretório de Goiás. E assim está fazendo com outros parlamentares no país todo. Isso não é traição? Isso não é vagabundagem? Então eu não retiro nada do que eu falei — complementou.