O presidente Jair Bolsonaro se mostrou resignado com as alterações no texto da reforma da Previdência, apresentadas na quinta-feira (13), no Congresso. A desidratação de quase R$ 300 bilhões na estimativa de economia em 10 anos foi minimizada. De acordo com ele, a defesa do governo é pela aprovação de um texto que encontre apoio entre os parlamentares.
— Se forçar a barra, a gente não aprova nada. Temos que ceder, aprovar o possível, no limite para sinalizar que estamos fazendo o dever de casa — disse, em café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (14).
Sobre a retirada de Estados e municípios do texto, Bolsonaro criticou os governadores que defendem a reforma mas não exercem pressão sobre suas bancadas no Congresso.
Para ele, após a aprovação das mudanças nas aposentadorias, o foco do Planalto deverá ser colocado sobre a reforma tributária, tema em que a Câmara busca protagonismo, já tendo apresentado um projeto. O governo corre atrás do prejuízo, tentando incluir pontos defendidos pela equipe econômica.