A chuva que caiu sobre Porto Alegre neste domingo (30) não arrefeceu os ânimos dos simpatizantes da Lava-Jato. Protegidos por capas e guarda-chuvas, eles ocuparam parte de uma das vias da Avenida Goethe para apoiar o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro. Durante o ponto alto da mobilização, os manifestantes vestiram máscaras do ex-juiz da Lava-Jato e cantaram à capela o hino nacional brasileiro, após um defeito no carro de som.
Com uma bandeira do Brasil atada às costas, touca verde e amarela e segurando uma gaiola ocupada por um boneco inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, a comerciária Cema Pelles fez questão de enfrentar o tempo ruim para demonstrar solidariedade a Moro e Bolsonaro.
– Sou uma cidadã brasileira e vim aqui para mostrar que estamos do lado do governo. Ainda tem muita gente infiltrada querendo derrubar o presidente. Olha o monte de mentira que estão dizendo do Moro. Ele é muito iluminado e jamais faria algo para prejudicar a Lava-Jato – afirmou a manifestante.
Enquanto um grupo ocupava uma das vias da avenida, na outra os manifestantes pediam um buzinaço aos motoristas que passavam pelo local. Faixas sinalizavam "apoio irrestrito" a Bolsonaro e pediam a aprovação da reforma da Previdência e do pacote anticrime do Ministério da Justiça. Havia poucos políticos e menos jovens do que nas manifestações anteriores.
Para a podóloga Marta Souza, 67 anos, a adesão ao movimento se tratou de uma questão de "patriotismo".
– Eu tenho de defender o meu país, quero um Brasil melhor. O Bolsonaro é maravilhoso e o Moro, perfeito. Estão nos defendendo desse bando de ladrão que tem no Congresso – desabafou.
