Encarregado das negociações do governo com a Assembleia Legislativa, o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, afirmou que o governo do Estado segue confiante na base aliada para conseguir aprovar a retirada da exigência de plebiscito para privatização de CEEE, Sulgás e CRM. Em entrevista ao Gaucha Atualidade, no entanto, Vivian disse que é preciso ter cautela sobre a votação do texto em segundo turno, que ocorre nesta terça-feira (7).
— Eu sou gremista e não me sai da memória o jogo do Grêmio e o Fluminense — brincou o chefe da Casa Civil, fazendo referência à última partida do time gaúcho pelo Campeonato Brasileiro, no domingo (5), quando a equipe perdeu de 5 a 4 após estar vencendo por 3 a 0.
— Ela é a votação decisiva, talvez tão ou mais importante que a primeira votação. Mas estamos confiantes — completou.
Passada essa etapa, o Piratini irá encaminhar à Assembleia as propostas que autorizam o Executivo a se desfazer das companhias. Ainda não está definido se os textos terão o carimbo de regime de urgência.
Depois, será a vez de propor revisões no regime de Previdência dos servidores, nos estatutos e planos de carreira e em benefícios do funcionalismo. A meta principal governo é receber o aval da União para adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal.
— Ainda ontem (segunda-feira) tive uma conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e todo o esforço é no sentido de que o governo federal compreenda que o Rio Grande do Sul está fazendo o dever de casa — enfatizou, citando ainda que a retirada da exigência do plebiscito "dá condição para que o governador prossiga na negociação" com a União.