O economista Abraham Weintraub tomou posse nesta terça-feira (9) como ministro da Educação, em cerimônia no Palácio do Planalto. Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, disse que pretende "acalmar os ânimos" no MEC e melhorar a qualidade do ensino no país.
— O objetivo é acalmar os ânimos, colocar a bola no chão, pôr para rodar, republicanamente, respeitando as opiniões. Não sou radical — afirmou.
Weintraub assume o cargo que era ocupado por Ricardo Vélez Rodríguez, demitido na segunda (8) após uma série de polêmicas e de resultados considerados insatisfatórios. Para o novo ministro, a mudança foi natural, em busca de resultados.
— São 22 ministros, dois times de futebol completos. Dificilmente você vai ver um técnico que escala dois times não fazer uma ou outra substituição. Não é porque um jogador não é bom, é que naquele momento ele não está adequado àquela função — ponderou, durante o discurso.
Weintraub atuou por quase 20 anos no mercado financeiro e em outras atividades na iniciativa privada. Também se tornou professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da qual está licenciado. Com seu currículo, garantiu que tem preparo para qualificar a gestão do MEC, que, para ele, tem apresentado resultados insatisfatórios.
— Com o que a gente gasta em relação ao PIB, a gente tem que entregar mais — pontuou.
Bolsonaro diz que escolheu Weintraub para o MEC após analisar "mais de uma dezena de bons currículos" e identificar que ele era o mais qualificado para a função. Ainda destacou que "se surpreendeu" com a inteligência do novo ministro e do irmão dele, Arthur, que também trabalha no governo desde o período de transição.
— Ele, assim como os demais ministros, tem carta branca para escolher todo o seu primeiro escalão. Esperamos que este time da educação jogue para frente — finalizou.
Antes de assumir o MEC, Weintraub era secretário-executivo da Casa Civil.