O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve deixar a prisão para acompanhar o velório do neto de sete anos falecido hoje, em Santo André (SP). A Polícia Federal em Curitiba, onde o petista cumpre pena desde abril de 2018, já recebeu um comunicado informal da Justiça Federal, alertando sobre a soltura iminente. Inicialmente, a informação era de que Lula deixaria a carceragem da PF ainda nesta sexta-feira, para acompanhar o velório do neto, mas a liberação deve acontecer neste sábado (2).
Os agentes já trabalham no planejamento da operação para escoltá-lo. Os advogados do ex-presidente entraram com pedido de habeas corpus no início da tarde desta sexta-feira (1º).
O pedido cita o artigo 120 da Lei de Execução Penal, que autoriza condenados que cumprem pena em regime fechado a sair quando ocorre falecimento do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão. A defesa também pediu para que não seja divulgada qualquer informação relativa ao trajeto que o cliente usará para comparecer ao velório.
O pedido de soltura de Lula foi colocado, durante a tarde desta sexta, em sigilo nível 4 na Justiça Federal do Paraná. É o segundo maior grau de restrição nos processos. Somente usuários com perfil de magistrado, diretor de secretaria e oficial de gabinete têm acesso aos autos.
Filho de Sandro Luis Lula da Silva, Arthur Araújo Lula da Silva morreu nesta sexta-feira (1º), vítima de meningite meningocócica. Ele estava internado no Hospital Bartira, em Santo André. Comunicado do hospital informou que o óbito foi motivado por agravamento do quadro infeccioso, às 12h36min. Ele havia sido internado no início da manhã.
A morte de Arthur, que é filho de Sandro Luis Lula da Silva, ocorre um mês depois do falecimento de outro familiar do ex-presidente, que está preso em Curitiba, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Genival Inácio da Silva, 79 anos, o Vavá, morreu no dia 29 de janeiro.
À época, a defesa de Lula havia pedido autorização à Justiça para que o ex-presidente pudesse comparecer ao velório. O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a ida quando o cortejo já deixava a capela onde o corpo foi velado, e Lula não deixou a cela em Curitiba.