Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entraram, no início da tarde desta sexta-feira (1º), com um pedido na Justiça Federal para que ele compareça ao velório e ao enterro do neto.
O pedido cita o artigo 120 da Lei de Execução Penal, que autoriza condenados que cumprem pena em regime fechado a sair quando ocorre falecimento do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão.
A defesa de Lula também pediu para que não seja divulgada qualquer informação relativa ao trajeto que o ex-presidente usará para comparecer ao velório.
Arthur Araújo Lula da Silva, neto de Lula, morreu nesta sexta-feira (1º) em São Paulo, aos sete anos, vítima de meningite meningocócica. Ele estava internado no Hospital Bartira, em Santo André, no ABC paulista. De acordo com a instituição, ele morreu devido ao agravamento do quadro infeccioso, às 12h36min.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Arthur deu entrada às 7h20min na instituição, com quadro instável.
A morte de Arthur, que é filho de Sandro Luis Lula da Silva, ocorre um mês depois do falecimento de outro familiar do ex-presidente, que está preso em Curitiba, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Genival Inácio da Silva, 79 anos, o Vavá, é irmão do petista e morreu no dia 29 de janeiro.
À época, a defesa de Lula havia pedido autorização à Justiça para que o ex-presidente pudesse comparecer ao velório. O ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a ida quando o cortejo já deixava na capela onde o corpo foi velado, e Lula não deixou a cela em Curitiba.