O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedidos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e suspendeu depoimentos que o petista daria nesta sexta-feira (23), às 9h, em inquérito da Polícia Federal (PF) embasado nas delações premiadas do ex-ministro Antonio Palocci. Lula foi intimado a depor pelo delegado da Lava-Jato em Curitiba Felipe Pace.
Preso desde abril do ano passado na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, Lula prestaria depoimento juntamente em outros três inquéritos que tramitam no Paraná. A defesa do petista reclamou ao STF que lhe foi negado o acesso aos elementos de prova já documentados nas investigações, o que cercearia o direito de defesa.
Os advogados do ex-presidente destacaram que o STF prevê que é "direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório".
Fachin concordou com o argumentação da defesa, também decidindo liberar o acesso aos elementos de prova, "e que digam respeito ao exercício do direito de defesa". Portanto, o ministro fixou que a realização da oitiva de Lula só deve ocorrer dentro de um prazo de no mínimo cinco dias úteis, contando do acesso da defesa aos documentos.