A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada desta quarta-feira (30), contra a decisão que negou o pedido do ex-presidente de ir ao velório do seu irmão Genival Inácio da Silva.
O ministro Dias Toffoli, presidente da Corte, será o responsável por decidir sobre a liberação de Lula. A defesa invoca no pedido o direito humanitário de Lula se despedir de um familiar.
O ex-presidente teve o pedido negado na primeira e segunda instâncias. O desembargador de plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Leandro Paulsen, rejeitou pedido para que o ex-presidente. No início da madrugada, a juíza Carolina Lebbos, da Justiça Federal de Curitiba, também havia negado o pedido apresentado pela defesa do petista.
O desembargador Leandro Paulsen do TRF4 lembrou, em sua decisão, que o velório acontecerá na tarde desta quarta-feira em São Bernardo do Campo, cidade em que "centenas de manifestantes" atrasaram a prisão do ex-presidente no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em abril do ano passado.
Ou seja, segundo o magistrado, o comparecimento de Lula ao velório do irmão demandaria um grande efetivo de agentes públicos para garantir que não haveria risco à segurança pública.
O desembargador ainda avaliou que o acompanhamento do velório demandaria uma operação excessivamente custosa, em especial em um momento de "enorme crise financeira" dos estados, e citou o argumento da Polícia Federal e da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo de que não há efetivo suficiente ou transporte aéreo suficiente por causa da tragédia de Brumadinho.
Vavá morreu aos 79 anos em São Paulo, em decorrência de um câncer no pulmão.