A cirurgia para retirada da bolsa de colostomia do presidente Jair Bolsonaro teve início na manhã desta segunda-feira (28) no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo a Comunicação da Presidência, o procedimento começou por volta das 6h30min e a estimativa é de que dure três horas.
O presidente foi internado na manhã de domingo (27) para a realização de exames pré-operatórios e, após resultados mostrarem normalidade de sua saúde, o procedimento foi confirmado. Esta é a terceira vez que Bolsonaro é operado desde que foi alvo de uma facada durante a campanha, em setembro de 2018.
O vice, general Hamilton Mourão, assumiu interinamente a Presidência da República e permanecerá no cargo nas próximas 48 horas que se seguirão à cirurgia.
A operação no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, será comandada pelo cirurgião Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo — a equipe é formada, ainda, pelos gastroenterologistas Julio Gozani e Rodolfo Di Dario, dois anestesistas e uma instrumentadora.
O período exato de recuperação somente será possível prever após o procedimento. Quando a cirurgia terminar, a equipe médica emitirá boletim com essa informação, mas especialistas na área, como o cirurgião do aparelho digestivo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e do Hospital Moinhos de Vento Guilherme Bassols, adianta que a internação nesses casos dura, em média, de cinco a sete dias.
— No mesmo dia, ele já vai estar lúcido, podendo tomar decisões e fazer coisas que não exijam esforço. Em duas semanas, poderá mexer no computador, fazer atividades leves, mas ainda terá de evitar viagens longas — explica Bassols, que, além de ter a mesma formação do médico responsável pela cirurgia, o conheceu pessoalmente em 2017.
— É muito competente, um dos maiores cirurgiões do país, pioneiro na cirurgia robótica. Trouxe ele para um simpósio em Porto Alegre para falar do assunto há dois anos — relembra.