A quinta-feira (20) foi de confirmação para os nomes da segurança pública no governo do Estado. A delegada da Polícia Civil Nadine Farias Anflor será chefe de polícia no Rio Grande do Sul. O vice-governador eleito Ranolfo Vieira Júnior acumulará a Secretaria da Segurança Pública durante um ano, o coronel Mario Ikeda permanecerá no Comando da Brigada Militar e Heloísa Helena Kuser, seguirá na direção geral do Instituto-Geral de Perícias.
— Tá assumindo uma mulher que tem um trabalho muito interessante na Delegacia da Mulher, que teve um papel de liderança muito realçado quando comandou a Associação dos Delegados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul — argumenta o colunista Daniel Scola.
— A gente tem que saudar a chegada de uma mulher à chefia de Polícia porque é mais uma barreira sendo quebrada. Sempre digo que não deveria ser notícia "primeira mulher a assumir isso, primeira mulher a assumir aquilo", deveria ser uma coisa natural, mas não é. Há territórios que as mulheres estão conquistando aos poucos. É uma boa notícia para o Rio Grande do Sul, pelo trabalho que ela fez — explica a colunista Rosane de Oliveira.
Sobre o vice-governador assumir o cargo de secretário da Segurança Pública, Rosane exemplifica uma regra de ouro na gestão pública:
— Não se nomeia quem não se pode demitir. Não pode demitir o vice-governador da Secretaria da Segurança no meio de uma crise aguda. Como se driblou isso? Com essa ideia de que é temporário, que ele está assumindo o cargo por um ano.
— Se o delegado Ranolfo Vieira Júnior apresentar bons resultados à frente da Secretaria e ao final de um ano ele não tiver seu trabalho sendo contestado, ele vai continuar à frente da secretaria. Essa indicação de que ele vai ficar um ano é uma espécie de "vacina" — comenta Daniel Scola.
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