Tão logo terminou a eleição de 2018, crimes como corrupção, lavagem, assédio sexual e estelionato, improbidade administrativa com dano ao erário e enriquecimento ilícito começam a despontar em Brasília. Investigados ou réus na Justiça somam um terço novo Congresso, de acordo com levantamento do jornal O Estado de S. Paulo nos tribunais de Justiça dos Estados, na Justiça Federal, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, 160 deputados e 38 senadores respondem a 540 investigações ou acusações.
Segundo a publicação, 24 legendas elegeram alvos da Justiça — entre eles, integrantes do PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, com 2,5% dos 56 congressistas eleitos. O partido com maior número de envolvidos é o PT. Trinta de seus 62 eleitos são investigados ou réus. Proporcionalmente, o MDB é quem tem mais parlamentares enredados com a Justiça. São 16 deputados e oito senadores ou 52% da bancada no Congresso
Entre os parlamentares conhecidos, estão Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Aécio Neves (PSDB-MG). Presidente do PT, Gleisi é alvo na Lava-Jato enquanto Aécio, ex-presidente do PSDB, é réu por corrupção na delação da J&F.