O governo do Estado vai quitar, ainda nesta quarta-feira (21), os salários de outubro dos servidores que ganham entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Com os depósitos, que serão feitos entre o fim da tarde e o início da noite, 93% dos servidores do Executivo receberão seus vencimentos.
Para quitar essa faixa salarial, o governo utilizou R$ 74 milhões. O restante dos pagamentos de outubro que seguirão pendentes somam mais de R$ 300 milhões.
O governo do Estado ainda não tem previsão de quando serão quitadas as próximas faixas salariais (de R$ 8 mil a R$ 10 mil; de R$ 10 mil a R$ 15 mil; acima de R$ 15 mil). É possível que os vencimentos desses profissionais seja pago apenas em dezembro.
O próximo ingresso volumoso de recursos nos cofres do Estado ocorre no dia 26, com valores referentes ao ICMS de telecomunicações, energia elétrica e combustíveis. Não há certeza, ainda, entre os técnicos da Fazenda, se os salários de outubro serão quitados até o fim de novembro. Se não for possível cumprir os compromissos até 30 de novembro, o governo terá duas folhas salariais simultaneamente atrasadas — uma vez que, no último dia de cada mês, o Piratini tem a obrigação de quitar os salários do funcionalismo.
Pagamento dos salários de outubro
No último dia 13, o governo quitou os salários de R$ 2 mil a R$ 7 mil. No dia anterior, havia pago os salários até R$ 2 mil. Nenhum servidor foi pago em dia no fim de outubro. No dia 9, foi quitada a primeira faixa salarial, de até R$ 1,3 mil.
Histórico
Novembro é o 35º mês de pagamentos atrasados na gestão de José Ivo Sartori. Em 2015, foram dois meses com salários parcelados; em 2016, 11 meses (de fevereiro a dezembro); e, em 2017, houve atrasos em todos os meses, o que se repete desde janeiro deste ano.
Em setembro passado, o governo do Estado mudou a forma de efetuar os parcelamentos. Até então, o Piratini pagava parcelas iguais para todos os servidores, conforme havia recursos. Desde setembro de 2017, diante dos recursos em caixa, o governo faz um escalonamento dos pagamentos: primeiro, deposita a integralidade dos vencimentos mais baixos e, à medida que ingressam recursos, a totalidade dos mais altos.