O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) foi questionado, na tarde desta terça-feira (13), se pretendia apelar para Michel Temer vetar o reajuste aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que passou no Senado na tarde da última quarta-feira (7). Bolsonaro, entretanto, afirmou que não fará grandes esforços nesse sentido.
— Ele (Temer) é uma pessoa responsável, não precisa de apelo. Ele sabe o que tem que fazer. Se vai fazer (vetar), compete a ele — declarou o deputado federal.
Quando o reajuste foi aprovado no Senado, Bolsonaro se manifestou contrário à medida.
— Obviamente que não é o momento. O que está em jogo é o futuro do Brasil. Vejo com preocupação. Estamos todos no mesmo barco — disse Bolsonaro no dia 7.
Na sexta-feira da semana passada, em transmissão ao vivo no Facebook, o presidente eleito reclamou que "a imprensa" estava tentando colocar "na sua conta" a iniciativa dos senadores de aprovar o aumento de 16,38% nos salários dos ministros.
— Estão botando na minha conta o reajuste do Judiciário para eu começar o governo com problemas. Mas eu só dei a minha opinião. Achei inoportuno — afirmou.
Se considerado o efeito cascata nos demais poderes e também nas unidades da federação, as despesas totais com salários de servidores públicos de todo o país podem aumentar em até R$ 4 bilhões com o reajuste no STF, segundo projeções de técnicos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
O deputado federal também afirmou que quer diminuir o número de cargos comissionados no governo em 30%. Segundo ele, esses servidores exercem um "bom trabalho", mas o número
Bolsonaro esteve no Superior Tribunal Militar (STM) na tarde desta terça-feira (13), depois de audiências com ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Todas as audiências foram breves, não durando mais que 30 minutos.