Por uma quantia de R$ 2 milhões, a campanha de Henrique Meirelles (MDB), ex-ministro da Fazenda e candidato derrotado à Presidência da República, teria contratado disparos de mensagens em massa via WhatsApp no primeiro turno das eleições. Segundo revelado pelo portal UOL nesta segunda-feira (5), o alvo das mensagens eram beneficiários do programa social Bolsa Família.
Contratada para cuidar de parte da campanha na internet incluindo serviços como a construção e manutenção de um site e gestão de redes sociais, a empresa Deep Marketing disparou, entre os dias 18 de setembro e 5 de outubro, pelo menos 24 mensagens diferentes em massa pelo WhatsApp com propaganda oficial da campanha de Meirelles.
Em uma das mensagens, dois dias antes do primeiro turno, o conteúdo dizia "Programa Bolsa Família ainda melhor. Pro-criança: receba um benefício extra para deixar seu filho numa creche particular”, afirma o Uol.
A Deep Marketing tem entre seus sócios o empresário Lindolfo Antônio Alves Neto, que também é dono da Yacows — investigada pela Polícia Federal por participar de um esquema de envios de mensagens com conteúdo anti-PT financiado por empresários favoráveis ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo.
Os números de quem recebe o benefício do Bolsa Família são sigilosos e seu uso, divulgação ou cessão para outros fins que não os previstos pela legislação, são ilegais.