Em uma transmissão ao vivo no Facebook, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) falou aos seus eleitores sobre os principais fatos da primeira semana da transição de governo. O que chamou atenção, entretanto, foi a mudança de tom em relação à postura mais moderada dos últimos dias.
— Voltou a ser Jair Bolsonaro, eu diria nem da campanha, da pré-campanha. Jair Bolsonaro raiz. Nesta semana, vimos um Bolsonaro mais diplomático, medindo um pouco mais as palavras, tendo um pouco mais de postura, mas hoje ele saiu do prumo. Nessa manifestação, ele atacou para todos os lados — afirmou o colunista Daniel Scola.
— Meu destaque vai para a educação. Ele avisou: a linha vai ser muito conservadora. O ministro tem que ser conservador e está difícil encontrar alguém com o perfil desejado. Ele quer mudar tudo o que está sendo feito. Deu um foco que eu considero equivocado, como se o tempo todo os professores estivessem ensinando sexo para as crianças e adolescentes nas escolas — diz a colunista Rosane de Oliveira.
Outro tema que chamou atenção foi a justificativa dada por Bolsonaro para escolher como ministra da Agricultura Tereza Cristina (DEM-MS), nome indicado pela bancada ruralista. Disse que "outro colega" esperava ser ministro por estar ao lado dele há muito tempo, mas que se o critério fosse o de antiguidade sua mãe seria ministra.
— O presidente eleito mandou um recado para o presidente da UDR, Nabhan Garcia. Esteve ao lado dele durante a campanha, tinha certeza que ia ser o ministro da Agricultura, mas no final das contas, se atrapalhou, perdeu força, não tinha poder assim. Quem acompanha o agronegócio há bastante tempos abe que não era um nome tão importante dentro do setor. Para ter votos da bancada ruralista, o presidente eleito escolheu a deputada Teresa Cristina — comentou a colunista Carolina Bahia.
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