A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) defendeu, nesta quarta-feira (10), que o candidato do PT Fernando Haddad renuncie à campanha presidencial nas eleições 2018 "em nome da democracia". O objetivo de sua proposta é que o petista, ao abrir mão da disputa, abra espaço para que Ciro Gomes (PDT) seja o adversário de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.
— Eu não estranharia e acharia muito digno se por acaso ele (Haddad) desistisse da candidatura vendo que pode entregar o país a um fascismo religioso — afirmou, referindo-se a Bolsonaro.
— A lei é clara. Se ele renunciar à sua candidatura, Ciro Gomes é o candidato. E é o único capaz de vencer Bolsonaro — justificou.
A proposta de Kátia Abreu se baseia no artigo 77 da Constituição Federal, que no inciso 4º diz que "se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação".
Kátia Abreu disse também que não fará campanha para Haddad, apesar da decisão do partido de optar pelo "apoio crítico".
— PDT só deu apoio crítico ao PT para não dar uma de Pôncio Pilatos, para não lavar as mãos diante da ameaça de fascismo que a outra candidatura representa. O PT que tinha uma causa lá atrás não existe mais, não vale a pena defender.
A senadora afirmou ainda que irá votar em "branco" ou "nulo" em 28 de outubro.