A defesa do ex-presidente e candidato impugnado do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, entrou com recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite de sábado (8) pedindo que seja revisto o prazo para que o partido decida seu novo candidato. No dia 31 de agosto, o TSE barrou o registro da candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de condenados em segunda instância.
O prazo final para a troca de nomes nos registros de candidatura termina na próxima terça-feira (11), mas a defesa de Lula tenta postergar o prazo até o limite legal apontado pela legislação para alteração de chapas eleitorais: 17 de setembro, o correspondente a 20 dias antes do primeiro turno das eleições de 2018 (7 de outubro).
A defesa de Lula argumenta que, como o TSE ainda não analisou um recurso extraordinário de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF), o prazo deve ser estendido ao menos até que essa decisão seja tomada. Cabe à ministra Rosa Weber, presidente do TSE, decidir se há razões constitucionais para o recurso seguir até o STF. No pedido, os advogados dizem que a ampliação do prazo é necessária para evitar uma possível injustiça.
O nome provável em caso de substituição é o do ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que é candidato a vice na chapa de Lula. Até lá, o PT está proibido de apresentar Lula como candidato nos programas eleitorais de rádio e TV.
Na semana passada, o juiz do TSE Luis Felipe Salomão suspendeu duas peças de propaganda do PT, uma no rádio e outra na TV que, no entendimento da Corte, descumpriam essa determinação. O juiz também elevou a multa, em caso de descumprimento, de R$ 500 mil para R$ 800 mil.