O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta quarta-feira (25) nova denúncia contra o ex-senador Gim Argello pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O documento foi elaborado pela força-tarefa de procuradores que atuam nas investigações da Operação Lava-Jato.
De acordo com a acusação, Argello recebeu cerca de R$ 1,6 milhão, por meio de doações oficiais de campanha da construtora Galvão Engenharia, para deixar de convocar empreiteiros para depor na antiga Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2014. Na época, ele era o vice-presidente da comissão.
Pelos mesmos fatos, mas pelo suposto recebimento de outras empreiteiras, o ex-senador foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, mas teve a pena reduzida no ano passado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre, que reduziu a pena de 19 anos para 11 anos e 8 meses de prisão.
Gim Argello está preso, desde abril de 2016, no Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Procurada pela Agência Brasil, a defesa do ex-senador afirmou que ainda não teve acesso ao conteúdo da denúncia e não tem como se pronunciar no momento.