Na maratona de sessões em que aprovou o encerramento das fundações, o Palácio Piratini também emplacou o fim de outros cinco órgãos estaduais. Mesmo controversa, a maioria dos fechamentos decorreu ao largo de contratempos judiciais.
Menos de um mês depois da votação, a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore foram encerradas. Nos meses seguintes, o mesmo destino seguiu a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS) e a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH).
Incumbida de imprimir o Diário Oficial do Estado, a Corag abandonou a atividade por ordem do governo em novembro do ano passado. Todos os 189 funcionários foram demitidos, e a Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs) passou a ser responsável pelos serviços do órgão. Já o Diário Oficial tornou-se unicamente eletrônico.
Do bem-sucedido pacote, o único caso pendente é o da SPH. Mesmo com o fechamento, o governo não demitiu até o momento nenhum dos 259 empregados vinculados à autarquia. Por se tratar de uma atividade estritamente técnica, o encerramento vem percorrendo um lento processo de transição.
De acordo com a Secretaria do Planejamento, os funcionários serão demitidos "aos poucos" até que se estabeleça a nova fórmula de trabalho, vinculada à Superintendência do Porto de Rio Grande. Pela previsão da pasta, mesmo com as restrições impostas pelo calendário das eleições de outubro, as demissões devem ocorrer até o fim do ano.