O juiz federal Sergio Moro autorizou, nesta terça-feira (29), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso pela Operação Lava-Jato, em Curitiba, substitua algumas testemunhas de defesa no processo sobre o sítio de Atibaia. Sai a ex-ministra Miriam Belchior (que ocupou a pasta do Planejamento no governo Dilma), e entra o cantor e ex-ministro Gilberto Gil (que foi ministro da Cultura no governo Lula).
O magistrado permitiu ainda que outras três testemunhas sejam substituídas. Os depoimentos, que estavam com datas marcadas, serão reagendados.
Na mesma decisão, o juiz da Lava-Jato manteve depoimentos de testemunhas programados para esta quarta-feira (30). "Tendo em vista o aparente arrefecimento da paralisação dos caminhoneiros e a retomada gradativa da normalidade, esclareço que as audiências de amanhã estão mantidas", afirmou.
Na semana passada, em função da grande paralisação dos caminhoneiros, o Moro cancelou audiências que ocorreriam nesta segunda (28).
Lula está preso na sede da Polícia Federal na capital paranaense desde 7 de abril. O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e seis meses por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.
O caso envolvendo o sítio de Atibaia é a terceira ação contra Lula na Lava-Jato do Paraná. Segundo a acusação, Odebrecht, OAS e Schahin, por meio do pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras no sítio em troca de contratos com a Petrobras.