A vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Pedro Gomes foram mortos por disparos de uma submetralhadora. Segundo reportagem do programa Domingo Espetacular, da Record, a Polícia Civil identificou que a arma utilizada no crime foi uma HK MP5, de fabricação alemã. Esse tipo de submetralhadora utiliza munições calibre 9mm. Inicialmente, os investigadores apontavam que uma pistola 9mm teria sido utilizada na ação contra a parlamentar.
Conforme a reportagem, a polícia chegou a essa conclusão após analisar os estojos recolhidos no local do crime. Cada tipo de arma deixa marcas especificas — uma espécie de impressão digital — nas cápsulas.
Outro ponto que reforça a utilização de uma submetralhadora no crime é a precisão dos disparos contra a vereadora. Ela foi atingida por quatro disparos na cabeça. A HK MP5 garante mais estabilidade no manuseio, pois tem três pontos de apoio — dois para as mãos em no ombro — ao contrário da pistola, que tem apenas um.
Esse tipo de submetralhadora não seria de uso comum por criminosos que atuam no tráfico de drogas. Segundo a reportagem, esse armamento não tem sido apreendido em ações contra traficantes. O programa de televisão também destacou que os corpos das vítimas não foram submetidos a exame de raio-x para identificar a trajetória das balas, pois o equipamento do Instituto Médico Legal (IML) não estaria funcionando.
Marielle e Anderson foram assassinados na noite do dia 14 de março no centro do Rio de Janeiro. O ataque ocorreu após a vereadora encerrar um debate com mulheres. As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro apontam a atuação de milícias como uma das principais hipóteses para a execução da vereadora. Marielle criticava a atividade desses grupos e os excessos cometidos em ações da Polícia Militar do Rio.