O Ministério da Segurança Pública divulgou nota, nesta segunda-feira (19), afirmando que cápsulas do mesmo lote da munição usada no ataque que vitimou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, no Rio, na quarta-feira (14), foram encontradas em uma agência dos Correios da Paraíba após um assalto ocorrido no ano passado.
Na sexta-feira, o ministro Raul Jungmann havia confirmado que os projéteis que mataram Marielle e Anderson tinham sido roubados da sede dos Correios no Estado, o que foi negado pela empresa um dia depois.
Segundo o texto divulgado nesta segunda, o ministro não fez uma associação direta entre o caso e a munição usada no ataque no Rio. A nota diz que a PF instaurou inquérito para apurar o arrombamento da agência dos Correios do município paraibano de Serra Branca, ocorrido em 24 de julho do ano passado, e a explosão do cofre do estabelecimento.
"Na cena do crime, a PF encontrou cápsulas de munição diversas, dentre elas a do lote ora investigado. O ministro não associou diretamente o episódio da Paraíba com as cápsulas encontradas no local do crime que vitimou a vereadora e seu motorista. Explicou que a presença dessas cápsulas da PF no local pode ter origem em munição extraviada ou desviada e informou que há outros registros de munição da Polícia Federal encontradas em outras cenas de crime sob investigação", conclui o texto.
Na semana passada, Jungmann havia confirmado que a munição usada no ataque no Rio foi roubada de um carregamento da PF. À época, o ministro disse ainda que as informações davam conta de que os projéteis tinham sido subtraídos dos Correios da Paraíba “anos atrás”.
— A Polícia Federal já abriu mais de 50 inquéritos por conta dessa munição desviada. Então, eu acredito que essas cápsulas encontradas na cena do crime foram efetivamente roubadas — disse, na semana passada.