Análise da perícia aponta que a munição usada no ataque contra a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) era de uma pistola 9 mm. Os lotes foram vendidos para a Polícia Federal (PF) de Brasília, em 2006. A PF instaurou um inquérito, nesta sexta-feira (16), para apurar a origem da munição.
"A Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro e a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro reiteram o seu compromisso de trabalhar em conjunto para a elucidação de todos os fatos envolvendo os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes, ocorridos na noite da última quarta-feira, no Rio de Janeiro", afirma a PF em nota.
Segundo o G1, a perícia também identificou que o lote da munição UZZ-18 é original, ou seja, nunca foi recarregada. Treze disparos atingiram o veículo, sendo nove na lataria e quatro no vidro.
A participação de um segundo carro no assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes também é alvo de investigação.
Por sua vez, reportagem da Folha de S.Paulo aponta que munição do lote UZZ-18 já havia sido utilizada na maior chacina da história do Estado de São Paulo. Em agosto de 2005, projéteis com a mesma identificação foram encontrados na cena da execução de 17 pessoas em Barueri.