Marina Silva lançou na tarde deste sábado (7), em Brasília, sua pré-candidatura à Presidência da República pela Rede Sustentabilidade. No evento, a ex-ministra do Meio Ambiente durante o governo Lula comentou a situação do ex-presidente, que deve se entregar à Polícia Federal para dar início ao cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão a que foi condenado em 2ª instância.
— Nunca foi tão necessária a decisão de estar aqui hoje, pelo momento que estamos vivendo. Momento que não é de celebração, mas de tristeza por um lado. Um ex-presidente da República poderia estar apto a fazer o que bem quisesse na política, sendo interditado pela Justiça, por erros que cometeu — disse ela.
Enquanto Marina lançava sua pré-candidatura, o petista discursava para apoiadores em São Bernardo.
— Mas, por outro lado, é uma sinalização de que nós podemos começar a ter esperança de que se está iniciando um tempo, de que a lei será igual para todos. Se, e somente se, nós tivermos cuidado nesse processo e que não se permita mais que os Renans, aos Aécios, os Padilhas e os Temeres fiquem impunes sob o manto do foro privilegiado — completou, citando nominalmente os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Aécio Neves (PSDB), além dos peemedebistas Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, e Michel Temer, presidente da República. Todos eles são investigados na Operação Lava-Jato em ações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois têm prerrogativa de foro.