O acampamento de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba (PR), foi alvo de um ataque a tiros na madrugada deste sábado (28). Ao menos duas pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave.
Pelo Twitter, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), informou que Jeferson Lima de Menezes, de São Paulo, foi baleado no pescoço e corre risco de morrer. Já a Secretaria de Segurança Pública do Paraná confirmou que uma mulher foi ferida no ombro, sem gravidade, por estilhaços de um tiro que atingiu um banheiro químico.
— As pessoas que atacaram esse acampamento passaram várias vezes na frente gritando de forma contrária (ao PT). A situação de intolerância e violência no país está muito grave, não podemos aceitar isso — disse a senadora em um vídeo publicado na página de Lula no Facebook.
De acordo com a secretaria, os disparos foram feitos por uma pessoa a pé. Peritos da Polícia Científica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local e recolheram cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso. Segundo o PT, mais de 20 tiros foram efetuados contra os militantes.
A pré-candidata do PCdoB à Presidência, Manuela d'Ávila, também se manifestou sobre o episódio. No Twitter, classificou o ataque como "consequência do ódio semeado nas redes e da total ausência de esclarecimento sobre o episódio similar com a caravana de Lula". Ela também fez críticas a outro pré-candidato, Jair Bolsonaro (PSL), que simulou tiros contra um boneco do ex-presidente.
Pelo Facebook, a Frente Brasil Popular afirmou que o autor dos disparos não foi identificado até o momento. Conforme o movimento, "havia movimentação de carros passando em frente ao local desde as 2h gritando palavras de ordem a Jair Bolsonaro".
No início da manhã, militantes protestaram bloqueando vias e ateando fogo em pneus. O grupo pró-Lula está acampado em um terreno a 800 metros da Superintendência da Polícia Federal (PF) em protesto à prisão do ex-presidente, ocorrida em 7 de abril.