Deputados da bancada petista na Câmara cobraram, nesta quarta-feira (28), que o atentado contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja investigado por forças federais e pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na terça, dois ônibus que levavam militantes e jornalistas que acompanhavam Lula foram atingidos por disparos de arma de fogo no oeste do Paraná.
Em entrevista coletiva, durante a manhã, os petistas também culparam deputados da base de sustentação do governo Michel Temer por incitar a violência política contra adversários. Segundo eles, o partido está coletando vídeos, comentários em redes sociais e áudios onde os parlamentares e seus simpatizantes estariam estimulando "grupos fascistas" e "milícias" a agirem contra a caravana.
Independentemente dos desdobramentos do episódio e da possibilidade de prisão de Lula – condenado em 2ª instância no caso do tríplex do Guarujá –, os parlamentares anunciaram que as mobilizações continuarão.
— As caravanas vão continuar, não podemos aceitar essa pressão criminosa — avisou Teixeira.
Investigação no Paraná
Também nesta quarta, um inquérito policial foi aberto para investigar o ataque à caravana do ex-presidente Lula. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Paraná, duas equipes do Centro de Operações Policiais Especiais foram enviadas à cidade de Laranjeiras do Sul para as investigações.
De acordo com a SSP, o Instituto de Criminalística do estado está finalizando a perícia nos ônibus. A previsão é que o laudo fique pronto nos próximos dias.
O órgão informou que a Polícia Militar estadual "reforçou o policiamento em todos os locais indicados pelos representantes da caravana, onde seriam feitas as manifestações com a presença do ex-presidente".