Com a confirmação de análise do recurso de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o ex-presidente deve interromper a caravana que realiza pelos Estados do sul do país. O julgamento foi marcado para a próxima segunda-feira (26) — pelo cronograma original da caravana, na data Lula estaria em Francisco Beltrão e Foz do Iguaçu, no Paraná.
Na tarde desta quarta-feira (21), a cúpula petista reúne-se para redefinir as estratégias e preparar uma "resistência" para protegê-lo em São Paulo.
— Ele não irá se entregar na boa — disse um aliado do ex-presidente.
Após o julgamento dos embargos de declaração pelos desembargadores, caso haja decisão unânime contrária à defesa do ex-presidente, Lula pode ser preso a qualquer momento. No mais recente processo, envolvendo o ex-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada, o juiz Sergio Moro, da Justiça Federal de Curitiba, determinou a execução da pena no primeiro dia útil seguinte à análise.
Ainda não está definido como se dará a mobilização de aliados em defesa do petista. O ex-presidente deve se abrigar em uma sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo ou em São Paulo, ao lado de juristas, artistas e políticos que o apoiam.
— Ainda vamos definir a estratégia de como protegê-lo — acrescentou o interlocutor.
Em caravana no Rio Grande do Sul desde segunda-feira (19), Lula deixou o Instituto Federal Farroupilha, em São Vicente do Sul, na Região Central, por volta das 13h. De ônibus, o ex-presidente segue para São Borja, na Fronteira Oeste.
Pelo roteiro original, a caravana lulista se encerraria em território gaúcho na próxima sexta-feira (23). Depois, seguiria para cidades de Santa Catarina e Paraná, onde haveria um último ato no dia 28.