Em pronunciamento nesta quarta-feira (21), o porta-voz da presidência da República, Alexandre Parola, negou que a agenda eleitoral tenha influenciado na decisão do presidente Michel Temer de decretar intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. O comunicado também desautorizou assessores ou colaboradores a falarem em nome do presidente sobre o assunto.
— A agenda eleitoral não é, nem nunca o será, causa das ações do presidente. Assim o comprovam as reformas propostas na Ponte para o Futuro e que têm sido implementadas desde o primeiro dia da administração — disse o porta-voz.
Parola também afirmou que “o presidente da República não se influenciou por nenhum outro fator, a não ser atender a uma demanda da sociedade”. Diante de comentários recentes de integrantes do governo sobre a possibilidade de Temer concorrer à reeleição, especialmente se ação do Rio de Janeiro apresentar bons resultados, o porta-voz desautorizou comentários de assessores sobre o tema.
— Assessores ou colaboradores que expressem ideias ou avaliações sobre essa matéria não falam, nem têm autorização para falar, em nome do presidente — finalizou.
A manifestação ocorre após o jornal O Globo publicar que o Planalto tem intenção de alavancar a candidatura de Temer com a intervenção no Rio. Em nota, o responsável pela propagada presidencial, Elsinho Mouco, disse que expressou uma opinião pessoal. O marqueteiro destacou que não tem autorização para falar em nome do governo.
“O presidente Michel Temer nunca me autorizou a fazer qualquer movimento de natureza eleitoral. Mais do que isso, para minha frustração, já me proibiu de tocar nesse assunto com ele", escreveu o marqueteiro.