O Google e o Facebook terão de retirar de suas redes um post que acusa a ex-deputada Luciana Genro (PSOL) de defender a pedofilia. A decisão, proferida nesta quarta-feira (31), é da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). A publicação, da página "Movimento Juntos pelo Brasil", afirma que a ex-parlamentar defendia esse tipo de crime, pois se mostrou favorável à exposição Queermuseu. A exibição foi fechada pelo Santander Cultural após grupos afirmarem nas redes sociais que a mostra fazia apologia à pedofilia e à zoofilia, o que gerou intenso debate.
Segundo o TJ, os desembargadores acataram o pedido da ex-deputada por unanimidade. O processo foi aberto no fim do ano passado. No entendimento do presidente da 20ª Câmara Cível, desembargador Carlos Cini Marchionatti, a postagem é uma calúnia e ultrapassa questões ideológicas.
Em comunicado, Luciana comemorou a decisão da Justiça, afirmando que é um absurdo a acusação de pedofilia contra ela:
"Não é possível que circule impunemente uma notícia falsa em que eu seja acusada de algo tão absurdo como defender pedofilia, me imputando um crime gravíssimo e causando danos irreparáveis à minha imagem e à minha honra. As notícias falsas são uma verdadeira praga virtual e devem ser combatidas com rigor. É preciso identificar quem está por trás destas grandes redes de mentiras", disse.
O colegiado também determinou que as duas empresas forneçam dados para facilitar a identificação dos autores da publicação que ataca Luciana.