O adiamento do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi concedido pelo relator, ministro Felix Fischer, a pedido da defesa do petista. O motivo é que o advogado que irá fazer a sustentação oral, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence, teve um problema de saúde que o impediria de comparecer à sessão.
O julgamento do habeas corpus estava marcado para esta quinta-feira (1º), mas passou para o dia 6 de março, às 13h. A defesa busca uma decisão favorável no Tribunal para que o ex-presidente, mesmo condenado na segunda instância, não seja preso antes do trânsito em julgado da ação penal em que foi condenado no caso do triplex do Guarujá.
Lula foi condenado na 13ª Vara Federal Criminal do Paraná a pena de nove anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso. A condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em 24 de janeiro, e a pena ampliada para 12 anos e um mês de reclusão. A Corte determinou que a pena seja executada após a conclusão da tramitação no tribunal.
A defesa entrou com habeas corpus no STJ e no STF pedindo que ele não seja preso antes de esgotados todos os recursos possíveis na Justiça. Em janeiro, durante o recesso do Judiciário, o vice-presidente do STJ, Humberto Martins, rejeitou a liminar pedida pela defesa. No STF, o relator, Edson Fachin, também rejeitou conceder liminar e remeteu ao plenário a análise de mérito do pedido.