Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (11), os servidores do Estado ligados à Ugeirm Sindicato — entidade que representa escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil — informaram que todos os agentes só voltarão às atividades quando o governo quitar integralmente os salários de toda a categoria. Conforme o presidente da entidade, Isaac Ortiz, mesmo que alguns profissionais já tenham recebido todo o salário, os profissionais seguirão paralisados.
— A nossa greve surgiu pela falta de salário, mas também pela integralização do salário. A greve é da categoria. Quando o governo pagar a última faixa, terminará a greve — disse.
Questionado se estão previstas paralisações em caso de novos atrasos, Ortiz frisou que será necessário convocar novamente a categoria para tratar do tema.
A paralisação afeta, principalmente, registro de ocorrências leves, operações policiais e andamento de inquéritos. O governo do Estado garante, no entanto, que 30% dos servidores seguem realizando serviços urgentes, como atendimento de ocorrências graves e a coleta de evidências no local dos crimes.
Devido aos serviços paralisados pela greve, a procura por registro de ocorrências via internet praticamente dobrou. Em média, são registradas cerca de mil ocorrências na delegacia online. Entretanto, na última segunda-feira (9), primeiro dia em que os serviços foram afetados, 2.120 lançamentos feitos ao sistema online da corporação.