A manhã desta segunda-feira (23) é de mobilização por parte de educadores e de integrantes do 2º Núcleo do Cpers/Sindicato em Santa Maria, no centro do Estado. O grupo, com pouco mais de 50 pessoas, impede o acesso ao prédio da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE), que fica na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade.
A mobilização teve início por volta das 7h e deve se estender durante o dia, conforme Rafael Torres, diretor do 2º Núcleo do Cpers. O ato é contra o parcelamento dos salários dos servidores do Executivo estadual e também contra a transferência de alunos de escolas que estão em greve para outras que estejam funcionando normalmente.
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Na 8ª CRE trabalham, ao todo, 70 servidores. O coordenador da 8ª CRE, José Luis Eggres, disse a GaúchaZH que reconhece o movimento do Cpers como legítimo, mas lamenta que os servidores da coordenadoria não possam exercer suas atividades nesta segunda.
_ Por nós, estaríamos trabalhando. Mas, infelizmente, estamos sendo impedidos. Sobre a pauta apresentada é preciso, primeiro, destacar que o Estado não vai remanejar alunos. Mas, sim, vamos disponibilizar a possibilidade de acomodar alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio.
Do lado do 2º Núcleo do Cpers, Rafael Torres afirma que a mobilização em frente ao prédio da 8ª CRE é uma forma de dar um recado ao governo do Estado:
_ Aqui, neste prédio (da 8ª CRE), temos a representação do governo do Estado. Estamos fazendo uso de um direito que é nosso: o da mobilização e de chamar a atenção da sociedade para os desmandos de um governo que impõe práticas terroristas ao funcionalismo.
Números
A 8ª CRE afirma que em Santa Maria há 10 escolas em greve e outras três em municípios da região. Em Santa Maria, há 41 escolas e outras 104 pelo centro do Estado. A 8ª CRE abrange Santa Maria outras 22 cidades.
O 2º Núcleo do Cpers estima que 11 escolas de Santa Maria estejam em greve – totalmente fechadas. O que representa, conforme o sindicato, 70% dos servidores. Ainda haveria outras 22 escolas com adesão parcial de professores e servidores. E outras sete seguem normalmente com aulas. Ainda na região seriam três escolas em Júlio de Castilhos e uma em São Martinho da Serra.