A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, adiou para a próxima semana a conclusão do julgamento do pedido da defesa do presidente Michel Temer para suspender uma eventual segunda denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele. A defesa pede a suspensão até que as provas contra Temer, obtidas por meio da delação do grupo J&F, sejam analisadas pelo Ministério Público e pelo STF.
Cármen Lúcia suspendeu a sessão em que o pedido estava sendo analisado por volta das 18h10min desta quarta-feira (13). Até esse horário, nenhum ministro havia proferido voto.
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Só tinham se pronunciado o relator do caso, ministro Edson Fachin, o vice-procurador-geral da República, Nicolao Dino, e o advogado Cézar Bitencourt, que faz a defesa do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) – também atingido pela delação da J&F.
Inicialmente, a presidente do STF informou que remarcaria o julgamento para quinta-feira (14). Posteriormente, porém, Cármen Lúcia disse que a conclusão deve ficar para a próxima semana, quando Janot já terá deixado o cargo — o mandato dele acaba no domingo, 17 de setembro.
Segundo a ministra, na quinta-feira, a Corte julgará uma ação relacionada ao Novo Código Florestal. Ela disse que ainda decidirá qual a nova data para retomada do julgamento.