O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou que "um protagonismo excessivo do Judiciário é prejudicial" e que o pior é "a ditadura do politicamente correto" dentro do Tribunal.
Como exemplo, citou uma tentativa da 1ª Turma do STF de validar o aborto. "É preciso cuidado para não colocar nossa pauta (pessoal) no lugar da Constituição", disse o ministro, em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Ao ser questionado sobre crises entre o Legislativo e o Judiciário, Mendes mencionou rapidamente, sem se estender, o episódio envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB), afastado do cargo pelo STF, o que chamou de fricção entre os dois Poderes. "Não me parece que crises vão desandar em crises institucionais. Desenvolvemos maturidade e capacidade de encontrar soluções", afirmou.